De acordo com o último informe epidemiológico, publicado na terça-feira (16), outras 37 pessoas faleceram em decorrência da dengue na última semana, totalizando 140 mortos pela doença no Paraná desde o início do atual período epidemiológico, em julho de 2023.
O perfil das vítimas fatais da doença foi de 23 homens e 14 mulheres com idades entre 14 e 94 anos. Das 37 fatalidades, 27 tinham comorbidades, ou seja, fatores de risco como obesidade, doenças do coração, diabetes etc. As mortes aconteceram em 8 regionais de saúde diferentes.
O número de casos confirmados no Estado é 219.045, um aumento de 34.226 novos casos em comparação com o informe anterior, publicado uma semana atrás (dia nove). A Regional com mais casos confirmados é a 10ª Regional de Saúde de Cascavel, com 30.106. As cidades com mais casos são Apucarana (15.756), Londrina (15.225), Cascavel (14.197), Maringá (10.549) e Francisco Beltrão (6.613).
Zika e chikungunya
O informe também traz informações sobre as doenças chikungunya e zika, também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Foram três novos casos de chikungunya, totalizando 104 confirmações no estado.
Ainda não houve confirmações de casos de zika vírus, apesar das 102 notificações.
Ações tomadas pelo governo
De janeiro até agora já foram realizadas diversas capacitações aos profissionais de saúde para o manejo clínico, assistência aos pacientes e informações técnicas no enfrentamento ao mosquito. Cerca de 500 pessoas estiveram envolvidas nas iniciativas, que ocorreram em várias regiões do Estado.
Em janeiro, mais de 300 profissionais trabalharam na conscientização contra a dengue no Litoral, na temporada de verão, a fim de alertar a população sobre a prevenção da doença.
A Sesa também promoveu o Dia D, mobilização estadual, com o objetivo de fortalecer o combate à dengue e reduzir os casos da doença e o número de óbitos. O Paraná ainda participou do Dia D nacional, do Ministério da Saúde, que uniu governo federal, Estados, municípios, agentes comunitários, profissionais da saúde e a população brasileira para reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito transmissor da doença.
Vacinação é estendida e falta de procura pode levar a remanejamento de doses
No final de março, o Ministério da Saúde anunciou que, a pedido do Paraná, fará a distribuição de doses da vacina contra a dengue para mais uma regional paranaense, a de Apucarana, no total de 17 novos municípios. No primeiro lote da campanha, já tinham sido contempladas outras duas regionais: Foz do Iguaçu e Londrina, num total de 30 municípios.
A lentidão na vacinação com o imunizante Qdenga, da farmacêutica Tanaka, também preocupa as autoridades. A aplicação estava em apenas 56% do público-alvo, que neste início é de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
Com isso, o Ministério da Saúde também prometeu a elaboração uma Nota Técnica para formalizar a recomendação de remanejamento de vacinas a outros municípios. O primeiro lote que veio ao Paraná, por exemplo, só vale até o dia 30 de junho.
Importância de buscar tratamento o mais rápido possível
Conhecer os sintomas da dengue e procurar atendimento o mais rápido possível pode salvar vidas. A orientação é procurar um serviço médico assim que for identificado alguns dos quadros a seguir:
- Febre alta (acima de 38°C);
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos, mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
Eliminar os focos do mosquito é a forma mais eficiente de combater a dengue
Além da vacinação, que ainda é limitada aos públicos de 10 a 14 anos, a forma mais eficiente de combater a dengue é evitar os criadouros do mosquito que transmite a doença. Confira ações que você pode tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos de contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e de bebedouros. Lave-os com água e sabão;
- Limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não os descarte em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Confira o informe semanal aqui e mais informações sobre a dengue estão neste link.
Com informações da Agência Estadual de Notícias