Um aluno e uma professora do Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA) da Universidade Estadual de Maringá foram indicados ao Prêmio Capes de Tese 2024 em resultado preliminar, o prazo para recursos começou com a divulgação dos resultados preliminares.
Considerado o “Oscar da ciência brasileira”, o prêmio Capes chega a 19ª edição com mais de 16 mil trabalhos inscritos, batendo um recorde para o evento. O resultado final será publicado no Diário Oficial da União no dia 16 de setembro. A premiação ocorrerá em Brasília no dia 12 de dezembro.
Cada autor das teses selecionadas receberá bolsa de até um ano para estágio pós-doutoral em instituição nacional, certificado e medalha. O orientador ganhará um prêmio no valor de até R$ 3 mil, além de certificado, que também será oferecido aos coorientadores e ao programa de pós-graduação no qual o trabalho foi defendido
O aluno Dieison André Moi e a professora Cláudia Bonecker foram indicados na área de Biodiversidade na premiação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A tese de Moi orientada pela professora Cláudia é intitulada “Pressões induzidas pelo homem impulsionando a biodiversidade e o funcionamento dos ecossistemas de água doce, desde escalas espaciais a temporais”.
A pesquisa revelou que as perturbações induzidas pelo homem reduzem a biodiversidade de vários grupos de organismos em diferentes tipos de ecossistemas aquáticos. O declínio da biodiversidade, por sua vez, reduz a capacidade desses ecossistemas em manter suas funções e prestar serviços para o bem-estar humano. A tese contou, ainda, com a coorientação do pesquisador Franco Teixeira de Mello, da Universidad de la República, no Uruguai.
Para o desenvolvimento deste estudo, foram utilizados dados de 72 lagos distribuídos em quatro grandes planícies de inundação no Brasil, sendo uma delas estudada há mais de 20 anos. Também foram utilizados dados de 61 córregos de dois biomas neotropicais (floresta amazônica e pastagens uruguaias) e de 17 anos de estudo em um rio subtropical (Rio Uruguai).
Durante o doutorado, Moi recebeu bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e contou com a colaboração de vários professores e alunos do PEA, bem como de toda infraestrutura do Núcleo de Pesquisa em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia).
Parte dos dados da tese foram obtidos em projetos de pesquisa desenvolvidos por membros do PEA e do Nupélia, com financiamento do CNPq, Capes e da Fundação Araucária, como os programas de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD), o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Biodiversidade: serviços ecossistêmicos (Fundação Araucária), e o Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (Sisbiota).
Com informações da Agência Estadual de Notícias.