Desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto, os paranaenses registraram em torno de 4,9 mil denúncias de irregularidades relacionadas às eleições, somados os registros nos diversos canais da Justiça Eleitoral e do Ministério Público.
No aplicativo Pardal, criado pelo Tribunal Superior Eleitoral para receber denúncias eleitorais relacionadas à propaganda de rua ou na internet, foram 3.707 registros até a tarde desta sexta-feira (20)*, o que coloca o estado como o quinto maior em denúncias, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Ao todo, foram 48.716 no país todo até o momento.
As ocorrências paranaenses são oriundas de todos os 399 municípios do Estado. As grandes cidades foram as que tiveram mais registros, com Curitiba na liderança, com 412 denúncias, seguida de Maringá (264), Foz do Iguaçu (260), Guarapuava (257), São José dos Pinhais (145), Pinhais (119), Londrina (113) e Apucarana (109).
A maioria das ocorrências – 2.409 – são relacionadas às campanhas de candidatos a vereador. Na sequência, estão as que dizem respeito a candidatos à prefeitura (743), as que são contra partidos e coligações (523) e as contra candidatos a vice-prefeitos (32).
O painel com estatísticas do aplicativo mostra ainda que 83% das denúncias tratam de questões relacionadas à campanha de rua, como uso de alto-falantes e amplificadores, adesivos em automóveis, distribuição de material gráfico e outras. As demais tratam de propaganda irregular na internet, como envio de mensagens, disparo em massa e propaganda paga.
MP-PR, Siade e Gralha Azul
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) também recebeu denúncias relacionadas à propaganda eleitoral – mas não só. De acordo com o órgão, até quinta-feira (19), os paranaenses enviaram 1.145 denúncias eleitorais por meio do formulário disponibilizado no site da instituição.
Os principais assuntos são, segundo o MP-PR, a propaganda eleitoral tanto de rua como por redes sociais (pedido de votos em período irregular, irregularidades em material de campanha distribuído ou afixado e contatos não autorizados pela rede social), causas de inelegibilidade (condenação criminal ou falta de desincompatibilização) e abuso de poder (uso da máquina em favor de determinados candidatos).
Os registros vêm principalmente de Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Maringá e Pato Branco.
Além disso, a Justiça Eleitoral do estado recebeu, até a manhã de quinta-feira (19), 49 denúncias recebidas via Sistema de Alertas de Desinformação Eleitoral (Siade) e, até o dia 8 de setembro, outras 16 via Central de Combate à Desinformação “Gralha Confere”.
O primeiro é um sistema nacional que permite que as pessoas façam alertas sobre conteúdos notoriamente inverídicos ou descontextualizados com potencial para causar danos ao equilíbrio do pleito ou à integridade do processo eleitoral. O segundo é um canal do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná que faz checagens jornalísticas sobre assuntos que envolvem o processo eleitoral, a segurança do voto e a legitimidade da Justiça Eleitoral.
Ao todo, o Gralha Confere foi contatado por 125 pessoas, mas apenas 16 ocorrências foram registradas como denúncias e originaram checagens de notícias.
*O painel estatístico do Pardal está em constante atualização.