O último boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) aponta que o Paraná teve mais 17 mil casos confirmados de dengue na última semana, além da confimação de mais 12 mortes ocasionadas pela doença. As vítimas fatais tinham entre dois e 92 anos, sendo que cinco delas não tinham comorbidades, ou seja, fatores de risco como hipertensão, obesidade etc. Dos 399 municípios do Estado, 333 já registraram a transmissão local da dengue, os chamados casos autóctones.
De julho de 2023 para cá, que é o atual período epidemiológico, o Estado já teve 90.972 casos confirmados de dengue, com 49 mortes. Como comparação, o número de casos registrado no mesmo período epidemiológico anterior (2022/2023) foi de 6.851, com 6 mortes. A alta do número de casos na comparação anual é de 1.227%.
As Regionais de Saúde com mais casos confirmados são a de Apucarana (17.780 casos), Cascavel (11.079), Francisco Beltrão (8.782), Londrina (7.951) e Maringá (7.739). Já os municípios que apresentam mais casos confirmados são Apucarana (11.793), Londrina (6.289), Cascavel (4.448), Maringá (4.184), Paranavaí (3.331), Ivaiporã (2.342), Quedas do Iguaçu (2.256), Dois Vizinhos (2.249), Jandaia do Sul (1.727) e Antonina (1.725).
As 12 mortes pela dengue do último boletim foram registradas em Boa Vista da Aparecida, Lindoeste, Nova Aurora, Planaltina do Paraná (duas vítimas), Rolândia, Londrina, Terra Roxa, Toledo, Maringá, Siqueira Campos e Santa Terezinha de Itaipu.
Importância de buscar tratamento o mais rápido possível
Conhecer os sintomas da dengue e procurar atendimento o mais rápido possível pode salvar vidas. A orientação é procurar um serviço médico assim que for identificado alguns dos quadros a seguir:
- Febre alta (acima de 38°C);
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos, mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
“Em caso de suspeita de dengue, a indicação é procurar a unidade de saúde mais próxima. O tratamento é iniciado já na suspeita do caso, não sendo necessário aguardar o resultado laboratorial (biologia molecular ou sorologia) para iniciar o protocolo de Manejo Clínico da Dengue. A hidratação é uma das medidas mais eficazes para que pacientes suspeitos de dengue tenham uma recuperação rápida”, disse à Agência Estadual de Notícias a coordenadora da Vigilância Ambiental da Secretaria Estadual da Saúde, Ivana Belmonte.
Eliminar os focos do mosquito é a forma mais eficiente de combater a dengue
Além da vacinação, que ainda é limitada aos públicos de 10 a 14 anos, a forma mais eficiente de combater a dengue é evitar os criadouros do mosquito que transmite a doença. Confira ações que você pode tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos de contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e de bebedouros. Lave-os com água e sabão;
- Limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não os descarte em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Com informações da Agência Estadual de Notícias