Athletico e Coritiba não podem reclamar de falta de tempo ou oportunidade para terem buscado contratações em 2025. Além da costumeira montagem do início do ano, foram mais três períodos diferentes possíveis com chances de novas peças terem sido integradas aos elencos.
Em tempos e de maneiras diferentes, os rivais foram ao mercado. A intenção de cada lado também seria distinta na teoria. O Athletico tentando melhorar o sistema defensivo, um dos piores da Série B. Enquanto o Coritiba procurando novas opções pro ataque, um dos menos efetivos do campeonato.
O Furacão demorou, deixou a passar as janelas pós-Estaduais e pré-Mundial de Clubes, mas agiu no período tradicional de mercado aberto do meio do ano. Também levando em conta o desespero pela campanha irregular que realiza.
Vieram cinco colombianos (Viveros, Mendoza, Aguirre, Ricardo e Teran) e um argentino (Benavidez). Todos os setores do time dirigido por Odair Helmann foram afetados.
Por outro lado, o Coritiba, que vai muito bem na Série B, se antecipou à maioria dos adversários e trouxe três peças no período especial antes do Mundial (Jacy, Clayson e Iury Castilho).
Com o ataque devendo apesar da vice-liderança coxa-branca na tabela, Rodrigo Rodrigues também chegou antes do fechamento do último período possível pra contratação de qualquer atleta sob contrato vigente.
As duas próximas partidas em casa, contra Ferroviária e Goiás, vão dizer muito sobre uma avaliação que também vai cair no comportamento do clube no mercado. Em caso da volta das vitórias como mandante, as peças escassas pro ataque nem aparecerão nas críticas ao time do técnico Mozart.
Do outro lado da cidade, após um primeiro turno muito abaixo do programado para o Athletico, só a continuidade de uma produção de aproveitamento perto de 70% dos pontos vai acalmar os ânimos. E a demora no mercado ficará esquecida.
Faltam 14 rodadas. E com perspectivas bem diferentes, o sonho do acesso segue vivo pra dupla Athletiba.
Tubarão e Leão do Vale entram em momento decisivo
Londrina e Cianorte representam o Paraná na luta pelo acesso nas Séries C e D do Brasileirão.
Na Terceirona, o Londrina tem seis jogos pela frente em um quadrangular com São Bernardo (SP), Floresta (CE) e Caxias (RS) para tentar ser um dos dois times da chave que sobem pra Série B.
Foi exatamente nesta etapa de disputa que o Tubarão foi eliminado no ano passado. E, é claro, agora quer fazer diferente.
Já pro Cianorte basta apenas um jogo pro objetivo principal. Depois do empate em Maringá, ninguém tem vantagem na partida de volta contra o Barra, em Santa Catarina.
Nunca o Leão do Vale do Ivaí esteve em um momento tão decisivo como esse, valendo vaga na Terceira Divisão brasileira.
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Robson De Lazzari é jornalista esportivo há mais de 25 anos. Formado pela Universidade Tuiuti do Paraná. Antes mesmo de terminar a graduação já transmitia jogos de futsal e futebol no rádio. Com cursos especializados como da Indústria do Futebol, atuou em cinco emissoras radiofônicas diferentes de Curitiba como repórter.
Também tem experiência em jornal impresso e em portal de notícias pela Gazeta do Povo. Na televisão foi repórter da RPC (afiliada da Rede Globo), SporTV e Rede Massa (afiliada do SBT). Atualmente é comentarista na Rádio Transamérica, na TV Paraná Turismo, na Rede CNT e na FPF TV.