A união faz a força. E uma nova frente parlamentar, a primeira autodeclarada de esquerda, foi criada nesta quinta-feira (24), no Parlamento Universitário. Com o nome de “Bancada da Frente Popular”, o objetivo da coalizão é pautar temas como a proteção da juventude periférica, os direitos da mulher, e a representatividade negra e LGBTQIAPN+.
A atual presidente da bancada, Beatriz Carrião, estudante de Ciências Sociais na UFPR, disse que a intenção da frente é ser representante do povo e “garantir que a voz do trabalhador seja ouvida”. “É nosso objetivo também representar as pessoas dos campos, das comunidades tradicionais, das cidades do interior e de demais movimentos sociais, vozes que muitas vezes não chegam à Assembleia”, completou.
Atualmente a coalizão é composta por 23 deputados e seis suplentes, porém a intenção é que mais parlamentares sejam integrados. A ideia é que haja uma gestão horizontalizada, em que todos possuam voz ativa e de mesmo valor. Uma das propostas, inclusive, é estabelecer uma alternância periódica entre as lideranças – presidência e vice. Confira o documento de formação da frente aqui.
A atual composição da bancada conta com representantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Positivo, UniBrasil, Uninter, UTFPR, Unicuritiba, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Unimater.
A aliança foi formada com base na afinidade ideológica entre os membros, sem que houvesse um acordo para incluir todos os parlamentares das instituições representadas.
O vice-presidente da coalizão, Lucas Bueno, estudante de Serviço Social na UEPG, afirmou que a bancada vem para representar àqueles que não têm voz. “Nossa intenção é representar aqueles que na maior parte das vezes são invisibilizados, como a comunidade negra e LGBTQIAPN+. Ter uma frente popular é dar voz para todos aqueles que são, muitas vezes, subrepresentados”, disse ele.
Manoel Salvador é estudante do 6º período de Jornalismo da UFPR