Os deputados e deputadas da sexta edição do Parlamento Universitário perderam o prazo para inscrição das chapas, como a para a mesa executiva, em que são indicados os cargos mais importantes da Casa, como o de presidente, primeiro e segundo vice-presidentes, e os três secretários. Com isso, os blocos foram dissolvidos na manhã desta sexta-feira (18) e o processo voltou à estaca zero.
“Não adianta nada articular, não adianta nada fazer tudo bem feito, não adianta nada fazer tudo correto se você faz fora do prazo. Então, todo mundo perdeu esse prazo, não houve indicação dos líderes, não houve indicação das chapas e isso estragaria o evento. Talvez a sorte é que todos erraram”, disse Dylliardi Alessi, diretor legislativo da Assembleia Legislativa.
“O Parlamento Universitário poderia ser encerrado hoje”, lamentou o diretor da Escola do Legislativo, Jeulliano Pedroso.
O prazo para as inscrições encerrou às 18h de quinta-feira (17) e terminou com apenas uma inscrição efetivada. Victória Bentes, da Universidade Inspirar, se candidatou para governadora e disse que já havia preparado o discurso caso houvessem demais candidaturas, mas que manterá sua postura de diálogo, transparência e comunicação.
“Minha proposta é construir pontes e um diálogo honesto, com oposições claras e tranquilas, sem conflitos expressivos”, disse Bentes. Apesar de ser candidata única, para se eleger ela ainda deve passar pelo voto parlamentar.
Outro problema foi que o regimento interno do Parlamento Universitário também deixa claro que os blocos não devem ter mais de 18 integrantes, de forma de o bloco majoritário teve de ser dissolvido. Segundo o assessor Gustavo Juncker, este já contava com 36 integrantes, informação que foi confirmada pela deputada Pollyana Sora. “O maior bloco conta com cerca de 14 universidades, inclusive da nossa bancada, da UFPR”, disse ela.
O cadastro parlamentar é a primeira medida a ser adotada por um deputado eleito com todos os requisitos necessários que estão no regimento do Parlamento Universitário.
Por se tratar de uma simulação, um novo prazo para inscrição foi estipulado, com mais meia hora para inscrição das chapas.
“Mas claro que a gente quer que eles aprendam aqui. O Parlamento Universitário é o lugar de errar. Todos estão aqui para aprender, acima de tudo. Então, a gente tem que passar esse sabão. Queremos que o evento continue e que seja muito produtivo, para que todos aprendam”, concluiu o diretor legislativo da Assembleia, Dylliardi Alessi.
Julia Pozzetti é estudante do 7º período de Jornalismo na Universidade Positivo