Quase dois meses após o ápice da crise de abastecimento em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) assinou um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC) em que se compromete a repassar R$ 15 milhões, divididos em 15 parcelas, para o Fundo Municipal de Direitos Difusos do município.
O documento, assinado nesta terça-feira (13), também inclui o compromisso já cumprido da fatura zerada por 30 dias, a contar do ciclo de leitura iniciado em 21 de março, e um novo benefício: o desconto de 50% nas faturas do mês seguinte à homologação do TAC, para todos os clientes de Ponta Grossa, de todas as categorias de consumo. O documento ainda será homologado pelo Conselho Superior do Ministério Público do Paraná.
A Companhia fará também novas doações de caixas d’água para que sejam entregues a famílias em situação de vulnerabilidade social, ampliando uma prática adotada no começo do ano.
Em outra frente, até o fim deste mês, a nova adutora do Rio Pitangui estará em operação. Em paralelo, a Companhia segue com as etapas de elaboração do projeto licitatório para a construção do sistema Tibagi, com previsão de lançamento de edital até o fim deste ano.
Relembre o caso
Os problemas de abastecimento de água em Ponta Grossa começaram em meados de fevereiro. De acordo com a Sanepar, isso se deu devido ao aumento do consumo por causa do calor — o sistema não tinha capacidade para atendê-la, o que só seria resolvido com uma obra prevista para ser finalizada em agosto.
A obra foi antecipada para meados de março, mas problemas em sua execução deixaram mais de 70% dos bairros da cidade sem água por quatro dias. Moradores compraram água mineral e fizeram filas em bicas para conseguir se virar. Comércios, serviços e indústria foram afetados.
Após cobranças dos moradores e de autoridades municipais e do Estado, as faturas foram zeradas por 30 dias.