O deputado estadual Ricado Arruda (PL) faltou novamente nesta terça-feira (6) à sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Assembleia Legislativa. E isso na semana que a Mesa Diretora da Casa deve decidir se acata ou não um pedido para sua exclusão da comissão, justamente por faltar às reuniões três vezes seguidas, o que não é permitido pelo Regimento Interno.
O pedido para a retirada de Arruda da CCJ partiu da deputada Ana Júlia (PT). E desencadeou uma espécie de “inferno astral” para o colega. Desde então, ele foi acusado de machismo ao rebater o pedido criticando as roupas da petista. E viu ainda o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) acolher uma denúncia contra si pelos crimes de associação criminosa, peculato e tráfico de influência. Denunciado pelo Ministério Público (MP-PR), o caso decorre de uma acusação de que o parlamentar supostamente cobraria dinheiro de policiais militares afastados por indisciplina para conseguir a readmissão deles ao efetivo.
Nesta terça-feira, o suplente de Arruda na CCJ, Gilson de Souza (PL), compareceu no lugar do faltante. Mas, isso não muda o fato que a ausência, se não justificada, é classificada como falta.
Sobre as faltas, Arruda apresentou um atestado de comparecimento a uma consulta odontológica, que foi posteriormente substituído por um atestado médico-odontológico, de igual conteúdo, porém diferente nomenclatura. Isso motivou a deputada Ana Júlia a encaminhar o caso ao MP, sugerindo possíveis irregularidades nos documentos.
Já sobre o caso de rachadinha, Arruda subiu ao plenário para dizer que provará a inocência na Justiça. E descartou a suspensão do andamento da ação via Projeto de Resolução na Assembleia, algo que é previsto no caso do denúncias aceitas contra parlamentares no exercício de mandato.