A instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar uma suposta atuação do crime organizado nos postos de combustíveis do Paraná dá indícios de que vai “morrer na casca”. Protocolada no dia 6 de abril, a iniciativa só teve apoio de cinco deputados estaduais. São necessários no mínimo 18 assinaturas – um terço da Assembleia Legislativa – para que esse tipo de comissão seja instalada.
O autor da proposta, deputado Tito Barichello (União Brasil), procura angariar apoio de outros deputados via redes sociais. Por meio de sua assessoria, ele pediu que os paranaenses cobrem seus parlamentares para que a investigação saia do papel.
No entanto, mesmo com os apelos, o pedido conta com apenas quatro assinaturas além da do autor. São elas: Fabio Oliveira (Podemos), Dr. Leônidas (Cidadania), Flávia Francischini (União Brasil) e Requião Filho (PT).
Nem mesmo o presidente da Comissão de Fiscalização, Marcelo Rangel (PSD), subscreveu a CPI. Ele comandou a reunião com a participação do presidente do Paranapetro, Paulo Fernando da Silva, onde dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública foram apresentados. E fez um discurso no plenário defendendo a investigação.
De acordo com os dados, em 2024, as organizações criminosas faturaram R$ 61,5 bilhões com a venda de combustíveis adulterados no Brasil – valor quatro vezes superior ao lucro com obtido por elas com o tráfico de cocaína, por exemplo.