De acordo com o último alerta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em uma semana o Estado registrou 189 novos casos de coqueluche, totalizando 1.421 desde o início do ano. Por ser altamente transmissível – uma pessoa pode infectar de 12 a 17 indivíduos – a secretaria alerta a população sobre a importância de manter a vacinação contra a doença em dia.
A vacina contra a coqueluche faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS e está disponível nos postos de saúde de todo o Estado.
A maioria das confirmações é da 2ª Regional de Saúde Metropolitana (RMC), com 617 casos, seguida pela 17ª Regional de Londrina (256), 3ª Regional de Ponta Grossa (167) e 10ª Regional de Maringá (82). Em relação às mortes, foram confirmados três: um em Londrina e dois em Curitiba, com três mortes ainda em investigação (São José dos Pinhais, Umuarama e Quitandinha).
Além das crianças, que recebem a imunização por meio das vacinas pentavalente (aos dois, quatro e seis meses) e DTP (reforço aos 15 meses e aos quatro anos), a Secretaria da Saúde recomenda que gestantes e profissionais da saúde também recebam o imunizante. De forma excepcional, trabalhadores de saúde e educação que atuam diretamente com gestantes, puérperas, neonatos e crianças menores de quatro anos devem receber a dose para maior proteção e prevenção.
Segundo dados do painel do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal atual da pentavalente em crianças é de 90%, enquanto a da DTP é de 86% Estado. Informações obtidas pela plataforma “Paraná Saúde Digital” indicam que das 39.847 gestantes com idade gestacional acima de 20 semanas atendidas e cadastradas no SUS, 53,3% (21.253) estão com a vacina em atraso no Paraná.
Sobre a doença
O risco da coqueluche é maior para crianças menores de um ano e, se não tratada adequadamente, pode evoluir para um quadro grave, podendo até levar à morte.
A doença evolui em três fases. Na inicial os sintomas são semelhantes aos de um resfriado comum, com febre baixa, mal-estar geral e coriza. Na segunda fase, surgem crises de tosse seca (cinco a dez tossidas em uma única inspiração), podendo ser seguidas de vômitos, falta de ar e coloração roxa na face. Na terceira fase, os sintomas diminuem, embora a tosse possa persistir por vários meses.
Diagnóstico
O diagnóstico laboratorial é feito por meio de cultura ou PCR em tempo real e está disponível para todos os pacientes suspeitos de coqueluche. Recentemente, as coletas foram ampliadas e estão disponíveis nas unidades de saúde do Paraná.
O tratamento é feito com antibióticos e deve ser prescrito por um médico. Por isso, é importante procurar um serviço de saúde para receber orientações, diagnóstico, tratamento adequado, monitoramento e rastreamento de contatos.
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Com informações da Agência Estadual de Notícias.