A Copel vai modernizar a hidrelétrica Governador Parigot de Souza, localizada em Antonina. Orçado em R$ 223 milhões, o projeto prevê a troca dos componentes elétricos e mecânicos dos geradores de energia e sistemas auxiliares. A conclusão dos trabalhos está prevista para 2029.
Em operação desde 1970, a hidrelétrica Parigot de Souza é a maior central subterrânea do Sul do País, com 260 MW de potência instalada – capacidade suficiente para atender ao consumo de até 750 mil pessoas.
As quatro unidades geradoras de energia serão reformadas, uma por vez, para não haver paralisação completa da planta. A previsão é de que os quatro anos de atividade na usina possam resultar em até R$ 1 milhão aos cofres municipais em Imposto sobre Serviços (ISS).
O ano de 2025 será dedicado ao detalhamento de projeto e fabricação de componentes e, na sequência, os equipamentos começarão a ser atualizados.
Particularidade
A casa de força da Usina Parigot de Souza está instalada em Antonina, mas o reservatório da hidrelétrica, formado pelo represamento do rio Capivari, fica no município de Campina Grande do Sul, a 50 km de Curitiba – localidade com altitude maior.
Para gerar energia, a água captada na represa do Capivari atravessa um túnel de 15 km escavado na Serra do Mar Paranaense, passa por uma instalação chamada chaminé de equilíbrio, que reduz a pressão nos túneis, e chega ao conduto com extensão de 1.080 metros que leva a água até as turbinas, instaladas na base da montanha.
Essa configuração com grande desnível entre o reservatório e as turbinas é uma das particularidades da usina. Com os 750 metros de queda, a velocidade da água pode chegar a 426 km/hora, garantindo eficiência na produção de eletricidade. Após movimentar as turbinas, a água do rio Capivari é lançada no rio Cachoeira. É por essa configuração que o empreendimento foi originalmente batizado com o nome de Usina Capivari-Cachoeira.
Com informações da Agência Estadual de Notícias.