A Confederação Nacional de Municípios (CNM) realizou uma pesquisa com 2.415 municípios de todo o Brasil, sobre a falta de vacinas em suas respectivas cidades. No recorte por região, o Paraná é o 3º Estado com mais municípios em falta de alguma vacina.
De acordo com o estudo da CNM, 64,7% (1.563) dos municípios que responderam a pesquisa têm algum insumo em falta. Isto representa seis em cada dez municípios brasileiros. No Paraná, 78,7% (155) dos municípios relataram a falta de alguma vacina. As vacinas que mais estão em falta no Paraná são as de varicela, Covid (infantil) e tetraviral.
Em contato com o CNM, nos foi disponibilizado alguns recortes do estudo. É importante lembrar que os dados a seguir compreendem apenas aos municípios que participaram da pesquisa:
- 70 municípios estão com falta de alguma vacina a mais de 30 dias
- 49 municípios estão com falta de alguma vacina a mais de 90 dias
- 131 municípios estão com falta de vacina para varicela
- 53 municípios estão com falta de vacina tetraviral
Secretaria da Saúde se posiciona
Em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), nos foi explicado que a responsabilidade pela aquisição e distribuição dos imunizantes previstos no Programa Nacional de Imunizações (PNI) aos Estados é do Ministério da Saúde (MS). Neste momento, há um desabastecimento nacional de alguns imunizantes que não estão sendo enviados regularmente e em quantidade suficiente pelo governo federal.
Secretaria da Saúde orienta sobre os cuidados com a Mpox
Também foi destacado que no Paraná, as vacinas contra varicela, tríplice bacteriana (DTP) e Covid-19 para o público infantil estão com estoque crítico, atendendo apenas 20% da demanda estadual.
Por isso, por orientação do Ministério da Saúde e da Sesa, os municípios foram orientados a utilizarem os seguintes imunizantes como alternativas provisórias:
Pentavalente no lugar da vacina DTP; Meningo ACWY em substituição à Meningo C; Tetravalente em substituição à vacina contra varicela.
Com relação à vacinação contra a Covid-19, a Sesa recomendou a centralização das doses em salas de vacinação estratégicas, além do agendamento da vacinação, com o objetivo de otimizar o uso dos frascos multidoses.
A Secretaria da Saúde reforça que já enviou ofícios ao Ministério da Saúde solicitando o envio urgente de doses suficientes para suprir a necessidade do Estado.
*Estagiário sob a supervisão do jornalista Fabiano Klostermann