A eleição de 2024 será histórica para Foz do Iguaçu. Pela primeira vez a cidade da Tríplice Fronteira terá a possibilidade de escolher seu prefeito em dois turnos. Isso porque ultrapassou, no ano passado, a marca de 200 mil eleitores, condição para que municípios que não sejam capitais dos estados tenham segundo turno.
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A possibilidade de eleição em dois turnos altera a estratégia e as perspectivas para a disputa de outubro. Uma vez que, pela primeira vez, o candidato precisará atingir 50% mais um do votos válidos para ser eleito prefeito, no primeiro ou no segundo turno. Em 2020, por exemplo, o atual prefeito, Chico Brasileiro (PSD), conquistou o Palácio das Cataratas com 41,29% dos votos válidos. Mais eleitores iguaçuenses escolheram outro nome e não o do prefeito reeleito.
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O cenário de segundo turno e a impossibilidade de reeleição de Brasileiro, que já está no segundo mandato, animam várias figuras da política local a entrar na disputa. A sete meses da eleição, cinco nomes despontam como fortes candidatos a figurarem no primeiro segundo turno da eleição de Foz.
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Dois ex-prefeitos aparecem entre os principais nomes para a sucessão: Paulo Mac Donald (PDT), segundo colocado em 2020, e Sâmis da Silva (PSDB). Os dois dividem o favoritismo na disputa com o deputado federal Luciano Alves (PSD).
Paulo Mac Donald ainda tem pendência com a Justiça Eleitoral para viabilizar sua candidatura. Candidato mais votado nas eleições de 2016, o pedetista acabou cassado pela Justiça Eleitoral, que convocou novas eleições em Foz do Iguaçu, quando Chico Brasileiro foi eleito para seu primeiro mandato. Desde então, o ex-prefeito vem contestando sua inelegibilidade nos tribunais. Em 2020, disputou a eleição com a candidatura impugnada pelo Ministério Público Eleitoral, tendo seu registro deferido quase um mês após o pleito. Em 2023, teve julgada procedente uma Ação Rescisória que, segundo sua defesa, assegura-lhe o pleno gozo de seus direitos políticos, podendo disputar a eleição deste ano sem riscos de indeferimento de candidatura.
Mac Donald costura, inclusive, uma filiação ao PSD, para ser o candidato do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) na disputa e anular a pretensão de Luciano Alves. O maior obstáculo para isso seria a resistência do prefeito Chico Brasileiro, pelo histórico de embates entre os dois.
Como outsider, mas carregando o apelo bolsonarista, o ex-diretor-geral da Itaipu Binacional, general Silva e Luna (Republicanos) vinha aparecendo em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto realizadas no ano passado. Mas o grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem preferência pela candidatura do deputado federal Vermelho (PL). A união desses dois nomes formaria uma chapa com grandes possibilidades de segundo turno numa das cidades que Bolsonaro mais visitou durante seus quatro anos na Presidência da República.
Terceiro lugar em 2020, o advogado Sidnei Prestes (Republicanos) também se coloca para a disputa. No PT, os nomes apresentados são o do secretário municipal de Transparência, Nilton Bobato e o do ex-deputado federal Dilto Vitorassi.