O mais recente informe semanal da dengue, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), mostra dados alarmantes do aumento da contaminação pela doença. Foram confirmados mais 15.361 casos, o maior número para uma semana desde o início do atual período epidemiológico, que começou em julho de 2023. De lá para cá, foram registrados 73.928 casos no Estado. Neste período, foram registrados casos em que a dengue foi contraída localmente em 319 dos 399 municípios do Paraná.
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O boletim divulgado esta semana também traz mais 14 mortes pela doença, levando o total de vítimas fatais para 37. Entre as mais recentes mortes, estão pessoas entre 31 e 92 anos, sendo que cinco delas não apresentavam comorbidades, ou seja, fatores de risco para morte como obesidade, doenças cardíacas, diabetes etc.
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No atual período epidemiológico, já registraram mortes por dengue os municípios de Ampére, Antonina, Apucarana, Arapongas, Cambé, Cambira, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Dois Vizinhos, Ivaiporã, Londrina, Marilena, Mariluz, Paranavaí, Quedas do Iguaçu, Rolândia, Salto do Lontra, Sarandi, Terra Roxa e Toledo.
Os municípios com mais casos confirmados são Apucarana (10.402), Londrina (5.128), Maringá (3.560), Paranavaí (3.015), Cascavel (2.898), Ivaiporã (2.240), Quedas do Iguaçu (1.875), Dois Vizinhos (1.616), Jandaia do Sul (1.608) e Antonina (1.470).
O mais recente boletim confirmou 11 novos casos de chikungunya, somando 79 confirmados da doença no período epidemiológico. De julho de 2023 para cá, o Paraná não registrou casos confirmados de infecção pelo zika vírus.
Eliminar focos do mosquito é a forma mais eficiente de frear a dengue
De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, 75% dos criadouros de mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika, estão dentro de residências. Por isso é importante que cada um faça sua parte, verificando a própria casa por focos do inseto.
Segundo o levantamento da Secretaria da Saúde do Paraná sobre as regiões com maior proliferação do mosquito, os principais depósitos de criadouros encontrados no Estado foram em lixos (recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátios e ferros velhos, entulhos de construção), em 30,4% dos casos; vasos e frascos com água, pratos, degelo da água de geladeiras e materiais de construção, em 37% dos casos; e depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico de água, com 16,4% dos casos idenficados.
Confira ações que você pode tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos de contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e de bebedouros. Lave-os com água e sabão;
- Limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não os descarte em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Sintomas mais comuns
Outro ponto de atenção importante para a população são sintomas mais comuns de dengue. Caso esteja sofrendo deles, procure auxílio médico imediatamente. Confira quais são eles:
- Febre alta (acima de 38°C);
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos, mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
Porém, a infecção por dengue pode ser sutil (quadro leve) ou até assintomática (sem nenhum sintoma).