A participação dos bombeiros do Paraná no combate aos incêndios no Pantanal encerrou-se no último domingo (18). Na data, a segunda equipe enviada ao Mato Grosso do Sul pela Força-Tarefa de Resposta a Desastres retornou ao Paraná. A decisão foi tomada em conjunto com as forças do Mato Grosso do Sul (MS) e, em caso de agravamento do cenário, o apoio pode ser retomado.
Ao todo, foram destacados para a missão 24 bombeiros paranaenses, divididos em duas equipes com 12 integrantes. A primeira foi enviada no dia 24 de julho e atuou no centro-oeste do estado afetado até o dia 7 de agosto. A segunda, composta por sete militares de Curitiba e Região Metropolitana, quatro de Londrina e um de Foz do Iguaçu, chegou ao MS no dia 7 para substituir a primeira. Uma terceira equipe chegou a ser mobilizada para participar do rodízio de equipes mas não será enviada.
Para o major Ícaro Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), a missão teve um saldo positivo. “Foram muitas missões no interior do estado do Mato Grosso do Sul, apenas com nossa guarnição no local, passando dois, três dias, em fazendas e áreas de preservação ambiental, bastante isolados”, contou. “As equipes se dividiam, atuando dia e noite, com pouco descanso. Foram combatidos diversos focos de incêndio. O pessoal volta muito mais experiente de lá”, complementou o major.
Missão
O principal objetivo da missão paranaense em solo do Mato Grosso do Sul foi evitar que o fogo alcançasse localidades sensíveis, como áreas de preservação ambiental, áreas com presença de fauna, residências, fazendas e plantações.
“Foi um período de trabalho intenso, abrangendo uma área grande. Muito calor, com baixa umidade, e a vegetação extremamente seca. Um cenário que favorece demais as queimadas. Então, qualquer pequeno foco acaba se tornando um grande incêndio”, disse o capitão Eduardo Hunzicker, comandante da segunda equipe, que ficou no Mato Grosso do Sul entre o dia 7 de agosto e este domingo.
Líder da primeira equipe que ficou na região entre os dias 24 de julho e 7 de agosto, o capitão Alexandre Mançano Cavalca elencou ainda outros obstáculos enfrentados na linha de frente. Destacou a dificuldade de locomoção causada pela vegetação rústica do bioma pantaneiro e os perigos da fauna local: cobras venenosas e grandes felinos, como, por exemplo, a onça-pintada.
Pantanal
O fogo, que assola a região há quatro meses, já consumiu quase 1,4 milhão de hectares de vegetação. De acordo com o último boletim de Combate aos Incêndios Florestais no Pantanal, publicado no último dia 13, houve incremento de 209.075 hectares em área queimada no bioma entre os dias 5 e 11 de agosto.
Os trabalhos no Pantanal vêm sendo realizados em conjunto, envolvendo bombeiros militares de diversos estados; Força Aérea, Exército e Marinha. Estão sendo utilizadas, além do combate por terra, aeronaves militares e de fazendeiros da região para despejar água em locais mais críticos.
Com informações da Agência Estadual de Notícias.