As exportações de ovos e derivados do Paraná aumentaram 48,2% no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. Este é o melhor resultado desde 1997, quando a série histórica começou. No total, foram exportadas 5.515 toneladas para 36 países, superando as 3.721 toneladas do ano passado, que era o recorde anterior. A receita também cresceu, passando de US$ 18,7 milhões para US$ 23,3 milhões, um aumento de 24,5%.
Esses dados foram divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), no Boletim de Conjuntura Agropecuária.
O “complexo ovos” inclui produtos como ovos férteis para incubação, pintos (material genético), ovos frescos, ovos cozidos e secos, gemas frescas e cozidas, e ovoalbumina. O principal item exportado é o ovo de galinha para incubação, que representa 98% das exportações do Estado.
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O México foi o principal destino dos ovos exportados pelo Paraná no primeiro semestre de 2024, com 2.302 toneladas enviadas e uma receita de US$ 10,1 milhões, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Dois países africanos seguem na lista: o Senegal, que importou 1.109 toneladas, gerando US$ 4,3 milhões em receita, e a África do Sul, com 1.089 toneladas e US$ 4,7 milhões. Na América do Sul, o Paraguai aparece em quarto lugar, com 647 toneladas e US$ 2,4 milhões, seguido pela Venezuela, que importou 294 toneladas, totalizando US$ 1,4 milhão.
Além disso, o ovo paranaense chega a mercados menores, como Chipre, no Oriente Médio, que comprou 375 quilos, e Antígua e Barbuda, no Oceano Pacífico, que adquiriu 158 quilos, apesar de suas populações serem significativamente menores do que a do Paraná.
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Além de ser um dos principais exportadores de ovoprodutos do Brasil, o Paraná também é uma importante porta de saída para esses produtos. A Alfândega de Foz do Iguaçu registrou a exportação de 1.157 toneladas no primeiro semestre de 2024, o quinto maior volume do país, gerando uma receita de US$ 4,6 milhões.
Outra rota importante é o Porto de Paranaguá, de onde foram exportadas 55 toneladas de ovos e derivados, resultando em US$ 94 mil em receita. O porto ocupa a 14ª posição entre os 35 pontos de saída do Brasil para esse tipo de exportação.
Exportação nacional
O Paraná é o segundo maior exportador de ovos do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo, que produziu 6.771 toneladas e gerou US$ 30 milhões em receita no primeiro semestre de 2024. Outros Estados que se destacam são o Rio Grande do Sul (3.768 toneladas e US$ 8,9 milhões), Santa Catarina (2.360 toneladas e US$ 10,1 milhões) e Mato Grosso do Sul (1.287 toneladas e US$ 2,5 milhões).
Entre os principais exportadores, Mato Grosso do Sul (+66%), Paraná (+48,2%) e Rio Grande do Sul (+35,9%) tiveram os maiores crescimentos, enquanto São Paulo (-30,9%) e Santa Catarina (-13,5%) registraram quedas no período.
O México foi o maior comprador de ovoprodutos brasileiros, com 5.654 toneladas e US$ 24,3 milhões em receita. Quase metade desse volume (2.302 toneladas) veio do Paraná. Apesar disso, o México reduziu suas importações do Brasil em 37,8% em volume e 49,2% em receita. Outros destinos importantes foram a África do Sul (3.161 toneladas / US$ 14,1 milhões), Chile (2.854 toneladas / US$ 6,6 milhões), Senegal (2.461 toneladas / US$ 9,5 milhões) e Emirados Árabes Unidos (1.129 toneladas / US$ 1,9 milhão).
As exportações brasileiras de ovos caíram 22,4% no primeiro semestre de 2024, totalizando 22.925 toneladas, em comparação com 29.578 toneladas no mesmo período de 2023, segundo o Agrostat Brasil. O faturamento também diminuiu 24,6%, passando de US$ 110,3 milhões para US$ 83,2 milhões.
A região Sul foi a segunda maior exportadora, com 11.370 toneladas e US$ 41,4 milhões em receita. Em seguida, vieram as regiões Sudeste (8.846 toneladas / US$ 34,6 milhões), Centro-Oeste (1.951 toneladas / US$ 4,7 milhões), Nordeste (248 toneladas / US$ 912 mil) e Norte (192 toneladas / US$ 294 mil).
Com informações da Agência Estadual de Notícias.