A eleição municipal de outubro de 2024 deve opor, novamente, os dois grupos políticos que vêm protagonizando a disputa política em Maringá nos últimos anos: o da família Barros e o do prefeito Ulisses Maia (PSD). No segundo mandato, Maia não pode concorrer à reeleição e já trabalha a candidatura de seu vice, Edson Scabora (MDB), que terá como principal adversário o ex-prefeito Silvio Barros II (PP). Com a disputa entre a chapa de seu partido, o PSD, e o irmão de seu secretário estadual de Indústria e comércio, Ricardo Barros (PP), o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) não deve participar diretamente da eleição na terceira maior cidade do Paraná.
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Apesar de ter a aprovação da maioria da população maringaense, 55% de acordo com pesquisa da Paraná Pesquisas, divulgada em 27 de dezembro do ano passado, Ulisses Maia ainda não conseguiu transferir sua popularidade a Scabora, que aparece com apenas 11,6% de intenções de voto no melhor dos cenários simulados pela mesma pesquisa. Já Silvio Barros surge como favorito, oscilando entre 45% e 50%, dependendo do cenário. Scabora, no entanto, poderá contar com a transferência de votos do prefeito, a máquina da prefeitura e a estrutura dos dois maiores partidos do estado, o MDB e o PSD para equilibrar o pleito.
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Até o final de 2023, Barros não demonstrava muito interesse em disputar um novo mandato como prefeito de Maringá. A partir de fevereiro deste ano, no entanto, vinha admitindo a aliados que “a candidatura é inevitável”. Em 5 de março, confirmou sua candidatura após um encontro com o governador.
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Outros nomes de centro e de direita correm por fora e tentam driblar o assédio dos dois principais grupos políticos da cidade a seus partidos, para viabilizarem suas candidaturas. São os casos do ex-deputado estadual Homero Marchese (Republicanos), segundo colocado nas eleições de 2020; o deputado estadual Do Carmo (União), o coordenador do Procon na cidade, Flávio Montovani (Solidariedade) e o empresário Evandro Oliveira (PSDB). Todos eles pontuam acima de 4% na pesquisa, mantendo esperança de levar suas candidaturas adiante. Mas Ricardo Barros e Ulisses Maia agem, nos bastidores, para conquistar o apoio destas siglas e tirar esses potenciais adversários da disputa.
No campo da centro-esquerda, dois nomes despontam como pré-candidatos: a vereadora mais votada da cidade em 2020, Professora Ana Lúcia (PDT) e o ex-vereador Humberto Henrique, que fez carreira como petista, estava no Solidariedade, mas já acertou seu retorno ao PT. Ana Lúcia pontou entre 6% e 7,5% na Paraná Pesquisas, enquanto Henrique ficou entre 3% e 4%. Líderes da oposição tentam construir uma aliança para dar competitividade à candidatura de esquerda.