O Paraná é o Estado que mais reduziu desmatamento ilegal em 2023. É o que aponta a edição mais recente do Relatório Anual do Desmatamento (RAD) do MapBiomas, divulgado nesta terça-feira (28).
A média nacional apontou queda de 11,6% na área desmatada no período, o Paraná reduziu 70,7% do desmatamento no Estado. O Paraná se destacou entre os Estados brasileiros nas ações de fiscalização ambiental de 2019 a 2023, atendendo a mais da metade das áreas desmatadas. Com 66,3% dos alertas de desmatamento atendidos, o Estado ficou em segundo lugar, atrás apenas do Espírito Santo, que alcançou 90,5%.
O levantamento do MapBiomas reforça índices de outras instituições que também analisam desmatamento, como a Fundação Mata Atlântica que divulgou uma diminuição de 78% do desmatamento da Mata Atlântica no estado.
O Instituto Água e Terra (IAT) é quem faz a gestão de alertas de desmatamento obtidos das plataformas Mapbiomas e Rede M.A.I.S., buscando notificar e autuar proprietários responsáveis por danos ambientais ilegais. Para isso, são usadas imagens históricas de satélite, como Planet e Sentinel-2, e imagens disponibilizadas pela ESRI e pelo Google Earth Pro.
Um dos componentes do Sistema de Fiscalização e Controle Ambiental (FICA) é o app Auto de Infração Ambiental Eletrônico (AIA-e), aplicativo para uso em dispositivos móveis. Ele permite o cadastro das autuações das infrações ambientais em campo. O AIA-e já está em fase de implantação e é baseado no uso da geotecnologia permitindo georreferenciar a ocorrência.
“Está ficando cada vez mais difícil para quem quer desmatar no Paraná. Além de ter de arcar com as multas para não caírem em dívida ativa, eles ficam com a área embargada e perdem crédito rural nos bancos justamente por ter desmatado irregularmente”, ressaltou a engenheira florestal Aline Canetti, do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI).
Como ajudar
A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora e a fauna silvestres. Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6.514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente). O responsável também pode responder a processo por crime ambiental.
O principal canal do Batalhão Ambiental é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão.
No IAT, a denúncia deve ser registrada junto ao serviço de Ouvidoria, disponível no Fale Conosco, ou nos escritórios regionais. É importante informar a localização e os acontecimentos de forma objetiva e precisa. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem realizar o atendimento.
Com informações da Agência Estadual de Notícias