O Instituto Água e Terra (IAT) emitiu nesta quinta-feira (18) o licenciamento que autoriza a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) a iniciar as operações de enchimento de água do Reservatório do Miringuava, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
A barragem será a quinta área de reservas de água potável para Curitiba e cidades da RMC, com capacidade para atender, sozinha, 650 mil pessoas e armazenar até 38,2 bilhões de litros. O anúncio foi feito ao lado da prefeita de São José dos Pinhais, Nina Singer, em evento com a comunidade do entorno da represa, na Estação de Tratamento de Água Miringuava.
Com o licenciamento, a Sanepar avança para uma nova etapa do planejamento para ampliação de sua capacidade de produção, reservação e distribuição de água.
O início do enchimento está previsto para o começo de 2026, dentro de um cronograma em fases de inundação da área reservada.
O avanço dessas etapas depende também do clima, com um regime de chuvas que permita o acúmulo de água. A estimativa é de que, com boas condições de precipitação, o enchimento completo do Reservatório Miringuava leve, no mínimo, nove meses.
Melhorias de mobilidade para a região
O anúncio foi feito durante a reunião para dar outra boa notícia de interesse da população local: a assinatura do termo de compromisso entre a Sanepar e o município de São José dos Pinhais, que confirma o investimento de R$ 28 milhões para obras de pavimentação e melhorias em vias municipais na região da represa.
Do montante, a Sanepar se comprometeu a depositar R$ 8 milhões ainda em dezembro; a Prefeitura de Sâo José dos Pinhais, por sua vez, se comprometeu em iniciar os trâmites para a licitação da execução do asfaltamento das ruas nos primeiros dias de 2026.
Do total, R$ 25 milhões serão destinados à pavimentação de ruas e R$ 3 milhões para a melhoria dos acessos de vias da região, que deverão ser realizados pelo município.
Entre a comunidade local, os anúncios trouxeram satisfação. “Foi o melhor presente de Natal que todas as comunidades de todas as colônias no entorno do Miringuava receberam. Até agora, muitos produtores rurais daqui não entendiam que a represa traria benefícios para a comunidade”, disse Sonia Beatriz de Paula, moradora da região da represa.


