A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) recebeu nesta quarta-feira (3) as primeiras vacinas contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), destinadas a gestantes a partir da 28ª semana, que tem como objetivo reduzir casos de bronquiolite em recém-nascidos. Ao todo, foram entregues 37.120 doses no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba.
O novo imunizante, que foi incorporado ao calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) neste ano, só estava disponível na rede privada, a um custo médio de R$ 1,6 mil. Dentre os imunizantes disponíveis aos brasileiros, esta vacina é a mais cara já disponibilizada.
A secretaria iniciou a separação das doses que serão enviadas para as 22 Regionais de Saúde a partir desta quinta-feira (4), com posterior distribuição aos municípios. O encaminhamento aos municípios será feito de forma proporcional ao quantitativo recebido do Ministério da Saúde.
“Seguimos no aguardo do recebimento de novas doses, visto que o Paraná tem uma estimativa de vacinar mais de 138 mil gestantes”, disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Lote recebido atende a um quarto da demanda
As doses recebidas neste primeiro lote equivalem a 26,8% do total necessário para vacinar as 138.008 gestantes aptas a receber imunizante. A Secretaria da Saúde aguarda um novo envio ainda no mês de dezembro, conforme sinalização do Ministério da Saúde. A expectativa da é que na próxima segunda-feira (8), todos os municípios estejam preparados para iniciar a aplicação da vacina.
A vacina é aplicada em dose única em mulheres a partir da 28ª semana de gestação, sem restrição de idade materna. O objetivo é proteger o recém-nascido nos primeiros seis meses de vida, período de maior vulnerabilidade para doenças graves causadas pelo VSR, como bronquiolite e pneumonia. A gestante, ao ser vacinada, transfere anticorpos ao feto pela placenta, reduzindo os riscos de infecção grave e complicações respiratórias.
O VSR é uma das principais causas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em bebês, especialmente nos menores de seis meses. A infecção pode evoluir para quadros graves, exigindo internação hospitalar. De acordo com último Informe Epidemiológico de SRAG da Sesa, o VSR é identificado anualmente como um dos vírus mais prevalentes nas amostras testadas pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen), reforçando a importância da imunização preventiva.
Com informações da Agência Estadual de Notícias


