Ainda filiado ao União Brasil, o deputado federal Felipe Francischini assumiu o comando político do Podemos no Paraná. E colocou sua mãe, Luciane Bonatto, na presidência estadual da legenda. A negociação das mudanças, que foram oficializadas nesta terça-feira (28), gerou repercussões no partido, que teve duas desfiliações de peso na semana passada – e com criticas.
O ex-senador Alvaro Dias e seu discípulo político, o deputado estadual Denian Couto, anunciaram a saída do Podemos e criticaram fortemente as mudanças na sigla, alegando que elas comprometem os valores que o partido foi fundado. Ambos não anunciaram o destino partidário.
Como nem Francischini nem Couto querem perder seus mandatos, ambos só vão oficialmente mudar de legenda na janela (de infidelidade) partidária, que no ano que vem será aberta para deputados estaduais e federais. No mesmo caso está o deputado estadual Do Carmo, que também é do União Brasil e vai sair para o Podemos. Atualmente, ele está licenciado do mandato e atua como secretário do Trabalho, Qualificação e Renda do Paraná.
Se Dias e Couto saíram do Podemos pelo chegada do novo comando, Francischini e Do Carmo deixaram o União Brasil por causa da ascensão do senador Sergio Moro à presidência estadual da legenda. Com o comando, o ex-juiz da Lava Jato venceu resistências internas deu um passo importante em seu plano de ser candidato a governador do Paraná.
No entanto, como o União Brasil está em uma federação nacional com o Progressistas, ainda terá que convencer os aliados regionalmente para conseguir disputar a eleição para o governo em 2026.
Outro quadro que saiu do Podemos, mas com destino ao União Brasil, foi a jornalista Cristina Graeml, segunda colocada na eleição para a Prefeitura de Curitiba em 2024. A intenção dela é concorrer a uma das vagas do Paraná ao Senado no ano que vem.


