Curitiba pulsa empreendedorismo. E, se por um lado, muitos ainda associam a cidade a um perfil formal e discreto, por outro ela se revela como um laboratório vivo de inovação e reinvenção.
É aqui que vejo diariamente jovens acadêmicos e pessoas com mais de 50 anos, muitas vezes afastadas do mercado por barreiras como o etarismo, descobrindo no Microempreendedor Individual não apenas uma forma de trabalho, mas um caminho de propósito e liberdade.
Falo com propriedade. À frente da Experiência Empreendedora, acompanhei histórias de quem chegou com a ideia embrionária e, em poucos meses, já estava emitindo notas fiscais, conquistando clientes e ganhando autonomia financeira. Para quem nunca empreendeu, a simples formalização como MEI pode ser o primeiro passo para transformar talentos, paixões e habilidades em negócios sustentáveis.
A inovação sempre significa um risco. Qualquer atividade econômica é de alto risco e não inovar é muito mais arriscado do que construir o futuro, disse Peter Drucker. Essa afirmação se aplica com força a quem, após décadas de experiência ou anos de estudo, decide colocar a própria marca no mundo. Não se trata apenas de abrir um CNPJ, mas de assumir o protagonismFoto: Freepiko da própria vida profissional. O cenário de Curitiba e do Paraná é fértil.
O Estado avança em digitalização, automação e novos modelos de negócio, sem deixar de valorizar suas redes de relacionamento locais. Aqui, relações de confiança ainda abrem portas. E é por isso que, além de competências técnicas, o novo empreendedor precisa cultivar visibilidade, presença e networking.
Segundo pesquisas, cerca de 70% das oportunidades no Brasil surgem por indicação. No ambiente cultural paranaense, essa taxa pode ser ainda maior. A tecnologia é um mecanismo de liberação de recursos. Ela pode tornar abundante o que antes era escasso, afirma Peter Diamandis. Isso significa que, com as ferramentas certas, um MEI em Curitiba pode competir de igual para igual com negócios muito maiores, atendendo clientes de qualquer lugar, sem abrir mão do atendimento personalizado.
Vejo também que acadêmicos, muitas vezes, deixam ideias brilhantes engavetadas por falta de um empurrão inicial. O MEI pode ser esse empurrão, oferecendo a estrutura para testar hipóteses, validar mercados e aprender na prática. Do mesmo modo, profissionais com mais de 50 anos, que carregam bagagem de conhecimento e experiência, encontram nessa modalidade um formato acessível e seguro para empreender, sem a complexidade de empresas de maior porte.
Os empreendedores falham, em média, 3,8 vezes antes de finalmente ter sucesso. O fracasso faz parte da jornada. Essa estatística não deve assustar, mas servir como lembrete de que empreender é um processo de aprendizado contínuo. E, como em qualquer jornada, a companhia certa faz diferença. Por isso, o trabalho que realizamos na Experiência Empreendedora é voltado para criar comunidades de apoio, mentoria prática e conexões reais. Curitiba e o Paraná oferecem terreno fértil para empreender com significado.
Quem se acomodar corre o risco de ficar para trás sem perceber. Já quem ousa, experimenta e aprende com cada passo constrói não apenas um negócio, mas um legado. O convite está feito: se você nunca empreendeu, seja acadêmico ou 50+, este pode ser o momento de reescrever a sua história com coragem, curiosidade e visão de futuro.
Gianfranco Toniolo é empreendedor e conector de pessoas, idealizador e fundador da Experiência Empreendedora. Graduando em Gestão da Informação pela UFPR e com alguns CNPJs de experiência (Revistaria Toniolo, Água Verde Delivery, Empório Toniolo’s e Experiência Empreendedora), alia comunicação, empatia e inovação para transformar ideias em negócios reais. Sua trajetória inspira quem busca empreender com propósito, colaboração e impacto positivo. – linkedin.com/in/gianfranco-toniolo-92114472/