Com a Série B do Campeonato Brasileiro chegando na metade, Athletico e Coritiba traçaram rumos completamente diferentes na atual edição da competição. Se o caminho do acesso se mostra cada vez mais sólido para o Coxa, está se tornando uma missão bem complicada para o Furacão.
O trágico rebaixamento no ano do centenário não parece ter sido uma lição para a diretoria rubro-negra. Os erros de planejamento, contratações e trocas de treinadores colocam o time no insosso meio da tabela. Precisando de uma improvável arrancada para beliscar uma das quatro vagas na elite do ano que vem.
E pensar que nas últimas três décadas o Athletico quase sempre passou bem longe de não estar na primeira divisão. As “Noites de Copa” eram por disputas internacionais até outro dia. Agora, o quinto pior mandante da Segundona não consegue fazer o mínimo que é ganhar a maioria dos jogos em casa.
Por outro lado, o Coxa criou uma cultura de jogo bem mais focada em conseguir resultados na Bezona. Desde que a Segunda Divisão nacional é disputada por pontos corridos, o Verdão está na competição pela oitava vez. Foi campeão em duas (2007 e 2010), subiu em terceiro lugar em outras duas (2019 e 2021) e não chegou ao objetivo em três (2006, 2018 e 2024).
Independentemente dos resultados finais no histórico, a atual pontuação em 18 rodadas é a melhor marca do clube: 34. Fechando o turno no mínimo entre os três primeiros, somente um inesperado desastre tira o clube da Série A em 26.
Se desde 2023, quando assumiu o comando do futebol coxa-branca, a SAF liderada pela empresa Treecorp era um fracasso em resultados esportivos. Agora o rumo foi corrigido. Um novo CEO (Lucas de Paula) ligado à indústria do futebol minimizou a falta de conhecimento dos acionistas no mundo da bola. A confiança no trabalho do técnico Mozart mesmo após as eliminações precoces no Estadual e na Copa do Brasil, também foi um ponto de destaque pra solidez do projeto em 2025.
Ainda faltando 20 jogos para cada um dos rivais, o caminho desenhado até aqui não deixa interpretação para classificar a justiça de cada um dos destinos. A irregularidade atleticana e a solidez coxa-branca marcam o merecimento de onde cada um está com a metade do caminho já percorrido.
Galo e Foz, os novos integrantes da elite do Paranaense
Os dois melhores times da Segundona Paranaense garantiram um lugar na Primeira Divisão de 2026. O Galo Maringá foi o campeão e o Foz do Iguaçu o vice.
O Galo Samurai confirmou o bom momento do futebol maringaense, puxado pelo sucesso do Maringá Futebol Clube, o Dogão, atual vice-campeão da Primeirona.
O Alvinegro da Cidade Canção foi arrasador na disputa da Divisão de Acesso. Liderados pelo técnico Rafael Andrade, o artilheiro Adiel e o meia Leandro Córdova, levantaram o troféu sem perder nenhuma das 15 partidas.
O Foz teve no atacante Kauã, de 21 anos, o grande nome. O Camisa 10 do Azulão da Fronteira acertou com o Operário para a Série B nacional. O técnico Adriano de Souza retornou ao clube após um ano e conseguiu o objetivo do acesso.
Parabéns ao Galo e ao Foz que voltam às disputas entre os grandes do Estado no ano que vem.
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Robson De Lazzari é jornalista esportivo há mais de 25 anos. Formado pela Universidade Tuiuti do Paraná. Antes mesmo de terminar a graduação já transmitia jogos de futsal e futebol no rádio. Com cursos especializados como da Indústria do Futebol, atuou em cinco emissoras radiofônicas diferentes de Curitiba como repórter.
Também tem experiência em jornal impresso e em portal de notícias pela Gazeta do Povo. Na televisão foi repórter da RPC (afiliada da Rede Globo), SporTV e Rede Massa (afiliada do SBT). Atualmente é comentarista na Rádio Transamérica, na TV Paraná Turismo, na Rede CNT e na FPF TV.