A disputa pela pré-candidatura do PSD para a eleição municipal de Londrina chegou ao fim. O deputado estadual Tiago Amaral será o nome do partido do governador Carlos Massa Ratinho Junior na capital do Norte do Paraná. A decisão foi tomada na terça-feira (2) em um encontro no Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, e anunciada na quarta (3).
A concorrência pela indicação da sigla foi acirrada e chegou a contar com cinco nomes de peso. Além de Amaral, o atual presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Alex Canziani; sua filha, a deputada federal Luísa Canziani; a deputada estadual Cloara Pinheiro e o deputado Tercílio Turini disputavam a benção do PSD para entrar na já concorrida eleição pela Prefeitura de Londrina. Percebendo que seria preterido, na escolha que passou, diretamente, pelo governador Ratinho Junior, Turini migrou para o MDB para manter vivo o sonho de governar a cidade.
Também estiveram presentes, no encontro que selou a escolha, a deputada federal Luísa Canziani (presidente municipal do PSD de Londrina) e os estaduais Cloara Pinheiro e Cobra Repórter, numa demonstração de união dos parlamentares do PSD de Londrina em torno do nome escolhido.
Pela proximidade com o governador e a influência do pai, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas Durval Amaral, Tiago era o favorito na disputa interna do PSD. No entanto, contra si, havia o histórico eleitoral, uma vez que disputou a prefeitura em 2020, com o apoio de Ratinho Jr., e foi apenas o quinto mais votado. Na eleição para deputado estadual, Cloara Pinheiro foi mais votada que Amaral na cidade.
Agora, o deputado estadual terá mais uma vez uma disputa acirrada e um tanto ainda indefinida. O prefeito Marcelo Belinati (PP) já se reelegeu e não pode concorrer novamente e, seu sucessor indicado, ainda não foi escolhido. Seu vice, João Mendonça (Podemos), o deputado federal Marco Brasil (PP) e o secretário municipal de Gestão Pública, Fábio Cavazotti, disputam a benção do prefeito. Outro nome internamente cogitado é o do secretário de Saúde, Felippe Machado.
A última pesquisa feita para a disputa da Prefeitura de Londrina foi no ano passado, ainda fora das regras rígidas de divulgação para anos eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nela, o líder foi o deputado federal Filipe Barros (PL), que aparece oscilando entre 16% e 24%, dependendo dos cenários estimulados, mas sempre na primeira posição. O bolsonarista, no entanto, não confirma que será candidato, citando que a decisão será tomada, no período das convenções (julho e agosto) e em conjunto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto.
Dois outros nomes. ambos com problemas na Justiça Eleitoral, são o do ex-deputado federal cassado Boca Aberta (Avante) e do ex-prefeito cassado Barbosa Neto (PDT). Os dois precisam resolver suas questões legais antes de entrarem na disputa.
O PT, que já administrou Londrina por dois mandatos consecutivos no início do século, sofre com a alta rejeição ao partido na cidade – Londrina deu uma das maiores votações proporcionais a Jair Bolsonaro na disputa presidencial de 2022. Mas mesmo assim tem o nome da educadora Isabel Diniz como pré-candidata, embora os petistas possam optar por colocar a cidade no pacote de alianças forjado para manter a coalizão que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva presidente. Nesse caso, o rumo seria uma aliança com Barbosa Neto (PDT).