A epidemia de dengue, que deixa o Paraná sob estado de emergência, está espalhada por todo o Estado. Segundo dados de contaminação, apenas dez, dos 399 municípios paranaenses, ainda não tiveram casos confirmados da doença. São eles: Adrianópolis, Agudos do Sul, Doutor Ulysses, Piên, Fernandes Pinheiro, Rio Azul, Paula Freitas, Coronel Domingos Soares, Honório Serpa e Santana do Itararé.
Embora estes não tenham confirmações, todos os municípios do Paraná já tiveram notificações de casos da dengue. Na última semana, o Estado registrou mais 23.396 casos confirmados, levando o total do período epidemiológico, iniciado em julho de 2023, a 159.357, com 77 mortes. As informações constam do boletim semanal divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta terça-feira (2). Nele, não foram registradas novas vítimas fatais pela doença.
O boletim também registra 64 novas notificações e cinco casos confirmados de chikungunya no Paraná. Ao todo, são 987 notificações e 97 casos confirmados. Já com relação ao zika vírus, dentre as 93 notificações, não há registros de casos confirmados da doença.
Vacinação é estendida e falta de procura pode levar a remanejamento de doses
Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou que, a pedido do Paraná, fará a distribuição de doses da vacina contra a dengue para mais uma regional paranaense, a de Apucarana, no total de 17 novos municípios. No primeiro lote da campanha, já tinham sido contempladas outras duas regionais: Foz do Iguaçu e Londrina, num total de 30 municípios.
A lentidão na vacinação com o imunizante Qdenga, da farmacêutica Tanaka, também preocupa as autoridades. A aplicação estava em apenas 56% do público-alvo, que neste início é de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
Com isso, o Ministério da Saúde também prometeu a elaboração uma Nota Técnica para formalizar a recomendação de remanejamento de vacinas a outros municípios. O primeiro lote que veio ao Paraná, por exemplo, só vale até o dia 30 de junho.
Importância de buscar tratamento o mais rápido possível
Conhecer os sintomas da dengue e procurar atendimento o mais rápido possível pode salvar vidas. A orientação é procurar um serviço médico assim que for identificado alguns dos quadros a seguir:
- Febre alta (acima de 38°C);
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos, mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
Eliminar os focos do mosquito é a forma mais eficiente de combater a dengue
Além da vacinação, que ainda é limitada aos públicos de 10 a 14 anos, a forma mais eficiente de combater a dengue é evitar os criadouros do mosquito que transmite a doença. Confira ações que você pode tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos de contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e de bebedouros. Lave-os com água e sabão;
- Limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não os descarte em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Com informações da Agência Estadual de Notícias