Um dos espaços mais importantes de Londrina terá as obras de restauro entregues em cerimônia nesta quinta-feira (18), com início a partir das 19h. O Museu de Arte, que fica na edificação construída para ser a quarta Rodoviária da cidade, passou por ampla restauração este ano, com investimento de R$ 2,1 milhões.
Apesar da cerimônia para entrega da restauração, a reabertura aos visitantes, de fato, será feita em apenas fevereiro de 2026, quando voltarão oficialmente os eventos, exposições e atividades. A entrega faz parte das comemorações dos 91 anos de Londrina.
Fechado desde 2019, o prédio recebeu uma primeira restauração, concluída em 2020. É considerado Patrimônio Cultural Brasileiro desde 2021, com tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). É o primeiro bem do Norte do Paraná a ser tombado nacionalmente, e um dos poucos entre cidades jovens com menos de 100 anos de história. O local funcionou como rodoviária até 1988, se tornando efetivamente Museu de Arte em 1993.
Construído no final da década de 1940 e inaugurada em 1952, é considerado um marco da arquitetura modernista no Paraná, projetado pelos arquitetos João Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi. Além de Patrimônio Cultural Brasileiro, já havia sido reconhecido como Patrimônio Estadual do Paraná em 1974.
A presença de um conjunto de sete cascas de concreto armado em forma de abóbada, onde antes funcionava o embarque e desembarque, é um dos aspectos mais marcantes da edificação. O contraste entre linhas curvas e retas e a transparência da fachada em vidro, entre outras características da obra, mostram que a intenção foi elaborar bem mais que um abrigo de ônibus: a construção pode ser considerada um símbolo do desenvolvimento e da modernidade.
Do valor total das obras, de R$ 2,1 milhões, R$ 1 milhão foi obtido via Lei Aldir Blanc, e mais R$ 420 mil por meio de uma emenda parlamentar, e o restante investido como contrapartida pela Prefeitura de Londrina.
O que foi restaurado no Museu da Arte
Com mão de obra especializada, houve várias adequações feitas na segunda e última etapa de restauração do Museu de Arte, iniciada em abril de 2025. A calçada externa foi recuperada, mantendo o piso em petit pavé da década de 1980, e o prédio ganhou pintura geral, nova grade externa, além de um novo sistema de ar-condicionado.
Outras novidades são o projeto luminotécnico interno das áreas expositoras e para realçar a fachada do museu, com equipamento próprio de iluminação cênica; e uma área de embarque e desembarque na entrada para facilitar paradas rápidas de automóveis.
Mais um item inédito é o para-raios com estrutura de aterramento implantado debaixo do solo, no pátio dos arcos onde estacionavam os veículos da antiga Rodoviária. O padrão de energia do imóvel foi atualizado para maior eficiência, os banheiros foram repaginados e tornaram-se mais acessíveis, bem como o piso da entrada do edifício, área interna e seu entorno também foram adaptados para acessibilidade.
Nas janelas do piso superior da área de exposições, foram recompostas as chamadas brises, elementos com mais de 50 anos, que são grandes “pás” articuladas para permitir a ventilação e controle de entrada de luz natural. O pacote ainda contou com paisagismo, desde nova grama e colocação de plantas, e novo sistema de segurança composto por câmeras e alarmes que será integrado, futuramente, ao monitoramento da Guarda Municipal.

Com informações da Prefeitura de Londrina


