Foi inaugurado nesta quarta-feira (10) o Sistema de Pouso por Instrumentos (ILS) do Aeroporto de Londrina, no Norte do Paraná. A partir de agora, será possível realizar pousos e decolagens do aeroporto mesmo diante de condições de baixa visibilidade, como chuvas fortes e nevoeiro — como a desta terça-feira (9), que fez um avião arremeter e voltar para São Paulo, conforme noticiado pela RPC.
O ILS é um sistema de navegação que fornece orientação precisa para a aproximação e pouso de aeronaves. Ele utiliza sinais de rádio transmitidos de terra para indicar a localização exata da pista, auxiliando os pilotos a alinhar e descer com precisão, mesmo em condições de baixa visibilidade. É um reforço na segurança das operações e pode ajudar a reduzir o número de cancelamentos e atrasos em voos.
Demanda antiga do município, a instalação do sistema havia sido confirmada em julho de 2024, quando as obras de expansão do aeroporto ainda estavam em andamento. Quando foram entregues, em janeiro, ainda não havia definição sobre o assunto e somente em março surgiram novas notícias: o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), que faz parte da Força Aérea Brasileira, afirmou que o equipamento ainda não havia sido adquirido e que a instalação ficaria para 2027.
Em maio, porém, representantes do município e do Estado — o prefeito Tiago Amaral (PSD), e os deputados federais Luiza Canziani (PSD) e Filipe Barros (PL), se reuniram com o ministra da Defesa, José Múcio, e conseguiram o compromisso de que o equipamento seria instalado até dezembro de 2025.
O projeto para instalação do ILS em Londrina foi desenvolvido e implementado pela empresa Thales, líder global em tecnologias avançadas, responsável pela fabricação do equipamento, em parceria com a Sutech, empresa brasileira, responsável pela implantação e comissionamento.
O aeroporto de Londrina opera, em média, 700 voos e movimenta cerca de 50 mil passageiros por mês. Em Londrina, o ILS Categoria I permite aproximações com altura mínima de 60 metros e visibilidade de pelo menos 800 metros, o que garante maior segurança nas operações. O equipamento deve reduzir o número de cancelamento de voos no terminal o que possibilita um melhor aproveitamento da estrutura por parte das empresas aéreas.
*Com informações da Força Aérea Brasileira e do Ministério dos Portos e Aeroportos


