Na não renovação com o técnico Mozart, o Coritiba deu um recado ao mercado da Série A do Brasileirão. O orçamento do clube será dos menores entre os 20 times participantes em 2026 e a intenção da SAF que gere o futebol do clube é não extrapolar nenhum tipo de teto previsto.
Necessariamente o recado e a ação do clube não são ruins. Mas, causam impactos que podem atingir o grau dos reforços que serão buscados e a vinda de um treinador sem tanta experiência a mais do que Mozart.
Quando escrevo essa coluna, Fernando Seabra está muito próximo de ser anunciado. Ex- Bragantino e Cruzeiro, ele dirigiu esses dois clubes na elite nacional nas últimas temporadas.
Na Raposa, ainda como interino, salvou o time do rebaixamento em 2023. No ano seguinte, efetivado, não manteve o mesmo desempenho e logo foi demitido. No Braga, salvou o time da queda em 2024, começou bem no Brasileirão 2025, mas teve uma queda livre de desempenho e foi desligado.
No quesito estilo de jogo, Seabra lembra mais Mozart do que outros técnicos que estavam cotados. Thiago Carpini e Jair Ventura têm mais experiência na A, mas são extremamente reativos. Ou seja, priorizam totalmente um jeito de jogar que o Coritiba teria de mudar até características do elenco pra apostar em contra-ataques.
É claro que o nível da Série B está distante do da divisão principal, mas o que se espera é que o novo treinador aproveite a estrutura defensiva sólida deixada por Mozart. Com reforços de maior qualidade à frente, possa potencializar nomes como Ronier e Josué (esse ainda precisa renovar o contrato).
Pra terminar, não fujo de avaliar que o melhor era continuar com Mozart. Mas, após o desacordo financeiro, pelo menos não apontaram para o lado de um profissional com característica de futebol totalmente diferente.
O tempo é curto e a temporada já começa em janeiro. O Brasileirão de ano todo vai receber o Coritiba com objetivo de se manter na elite.


