Será com um concerto que reúne grandes obras do romantismo europeu que a Orquestra Sinfônica do Paraná vai encerrar a temporada 2025 — aquela em que celebrou suas quatro décadas de existência — no próximo domingo (30). A apresentação será no Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão), às 10h30. Os ingressos estão à venda, a partir de R$ 10 (meia-entrada), na bilheteria do Teatro Guaíra e pelo DiskIngressos.
A abertura do programa fica por conta da “Dança Eslava nº 4”, de Antonín Dvořák, inspirada nas tradições folclóricas da Boêmia. A obra é uma “Sousedská”, um gênero dançante boêmio de andamento suave e balanceado. Dvořák explora essa forma tradicional para criar uma atmosfera graciosa e acolhedora, presente não apenas nesta peça, mas também em outras danças dos dois ciclos de Danças Eslavas.
Em seguida, a orquestra interpreta “Os Prelúdios”, de Franz Liszt, um dos mais célebres poemas sinfônicos do repertório orquestral, que propõe uma reflexão musical sobre os desafios e conquistas da vida.
O encerramento será com a monumental “Sinfonia nº 9 Do Novo Mundo”, também de Dvořák, escrita durante sua estadia nos Estados Unidos e marcada pela fusão entre melodias americanas e raízes tchecas.
“Para fechar este ciclo, apresentamos Novo Mundo, de Dvořák, acompanhada dos prelúdios de Liszt, em um programa belíssimo e emocionante”, destaca o maestro titular e diretor musical Roberto Tibiriçá, que irá conduzir o último concerto do ano da orquestra no palco do Guairão.
Compositores
O compositor tcheco Antonín Dvořák (1841–1904) se notabilizou pela mistura de elementos folclóricos de sua terra natal com uma linguagem musical universal. Durante o período em que viveu nos Estados Unidos (1892–1895), compôs obras marcantes como a “Sinfonia do Novo Mundo” e o “Concerto para Violoncelo”. De volta à Tchecoslováquia, escreveu poemas sinfônicos e a ópera Rusalka, consolidando-se como criador da sinfonia tcheca e um dos compositores mais respeitados do mundo.
Franz Liszt, pianista e compositor húngaro, é reconhecido como criador do poema sinfônico, gênero musical que popularizou e inovou por meio de sua técnica e sensibilidade artística, conhecido pelo virtuosismo ao piano e pela contribuição em popularizar a música orquestral.
“Os Prelúdios” de Liszt, cujo nome original é Les Préludes, é o terceiro e mais famoso dos 13 poemas sinfônicos de Franz Liszt, composto entre 1845 e 1854. A peça foi inicialmente uma abertura para um ciclo coral e, após ser revisada, tornou-se uma obra orquestral independente inspirada em um poema de Alphonse de Lamartine. A obra, que será apresentada pela Orquestra Sinfônica do Paraná, é marcada pela representação de temas como a vida, amor, felicidade, combate e exaltação.
Outras apresentações
Apesar de o concerto de domingo ser considerado o fechamento da temporada 2025, a Orquestra tem outras apresentações marcadas além dessa. No dia 6 de dezembro, às 16h, o público poderá conferir a última edição da série “Mostly Mozart – OSP no Museu Oscar Niemeyer”, com a condução do spalla Ricardo Molter. A entrada é gratuita.
Entre 12 e 16 de dezembro, a Orquestra volta ao palco do Guairão junto com os demais corpos artísticos do Centro Cultural Teatro Guaíra para apresenta o tradicional “O Quebra-Nozes”.
*Com informações da Agência Estadual de Notícias


