Convenhamos, para Athletico e Coritiba, de longe os maiores clubes da atual Série B, o título da competição não tem nem de longe a mesma importância do que o acesso para a elite. Mas agora que a disputa da taça ficou direta e exclusiva entre os rivais, passou a ter.
Os dois já ostentam nas suas galerias o troféu da Segundona. Na primeira e única vez do Furacão em 1995, o vice foi exatamente o Coxa. Já o Verdão foi o campeão duas vezes, em 2007 e 2010.
Um título é sempre um título. E terminar na frente dos adversários é aquela sensação de ter uma cereja em cima do bolo, um complemento na festa que já está assegurada. Mas não vejo carreatas nem letreiros nos murais dos clubes com a conquista de mais uma B.
Agora, na última rodada, o que vale pro torcedor é o simples sentimento de não ver a taça indo pro maior rival. No caso do Coritiba, seria um grande vacilo. O empate com Couto lotado diante do Athletic garantiu o acesso, mas ainda não a taça frustrando mais de 33 mil pessoas. Mesmo assim, o Coxa depende apenas de suas forças para pelo menos empatar com o rebaixado Amazonas, em Manaus, pra dar a volta olímpica.
Pelos lados do Athletico, primeiro é preciso garantir a volta à Série A. Para isso virar realidade, basta ao menos um empate contra o eliminado América-MG na Arena da Baixada. Em caso de vitória, só existe chance de título se o Coritiba perder em Manaus.
Repito e ratifico: de longe o acesso é mais importante do que a taça. Em 2025, pela primeira vez desde 1990, não tivemos representante paranaense na Série A. E no ano que vem teremos muito provavelmente dois.
Mas, na sempre legal resenha entre os rivais, muito boa sorte na briga pelo troféu da Segundona.
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Robson De Lazzari é jornalista esportivo há mais de 25 anos. Formado pela Universidade Tuiuti do Paraná. Antes mesmo de terminar a graduação já transmitia jogos de futsal e futebol no rádio. Com cursos especializados como da Indústria do Futebol, atuou em cinco emissoras radiofônicas diferentes de Curitiba como repórter.
Também tem experiência em jornal impresso e em portal de notícias pela Gazeta do Povo. Na televisão foi repórter da RPC (afiliada da Rede Globo), SporTV e Rede Massa (afiliada do SBT). Atualmente é comentarista na Rádio Transamérica, na TV Paraná Turismo, na Rede CNT e na FPF TV.


