O Paraná passou a contar, neste semana, com mais uma Unidade de Conservação, a Estação Escológica Estadual Reserva de Bituruna, em Bituruna, no Sul do Estado. Formalizada pelo Instituto Água e Terra (IAT), a unidade conta com área de 280 hectares — o que equivale a 392 campos de futebol — de remanescentes da Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual.
A UC foi criada em decorrência de uma medida compensatória para o licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica Governador Bento Munhoz da Rocha Netto, construída no final da década de 1970 pela Companhia Paranaense de Energia (Copel). Por se tratar de uma Estação Ecológica, o espaço não é aberto ao público, permitindo visitas apenas para fins de pesquisa sobre ambientes florestais.
O decreto também estabelece que, como entidade responsável pela administração da UC, o IAT deve criar o plano de manejo da Estação Ecológica. O documento, essencial para a gestão sustentável do local, deve ser elaborado, aprovado e implementado pelo órgão em até cinco anos.
O Paraná possui atualmente 74 Unidades de Conservação catalogadas pelo IAT, com mais de 26,5 mil km² de áreas protegidas.
Biodiversidade
A Estação Ecológica Estadual Reserva de Bituruna está em uma faixa de transição entre dois ecossistemas florestais que, conforme o IAT, são pouco representadas nas UCs estaduais e precisam ser mais preservadas. Ela reúne uma grande diversidade de espécies nativas do Paraná. Entre as vegetais destacam-se a araucária (Araucaria angustifolia), o xaxim (Dicksonia sellowiana) e a canela-sassafrás (Ocotea odorifera).
Já em relação à fauna, foram registrados na UC 53 espécies de mamíferos como gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus) e jaguatirica (Leopardus pardalis) e 208 espécies de aves como papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), macuquinho-da-várzea (Scytalopus iraiensis) e grimpeiro (Leptasthenura setaria).
Também figuram 47 espécies de répteis como o cágado-rajado (Phrynops williamsi) e a boipevinha (Xenodon guentheri) e 36 espécies de anfíbios como a perereca-mochileira (Pleurodema bibroni) e a rã listrada (Leptodactylus plaumann).
*Com informações da Agência Estadual de Notícias


