Até o dia 30 de novembro, a Galeria Múltiplo, no Largo da Ordem, em Curitiba, recebe a exposição “Flores Precisam de Água”, do artista SANTO. A mostra reúne trabalhos que tratam das vulnerabilidades masculinas, fruto de uma produção recente, realizada após o artista deixar Curitiba e instalar seu ateliê em Nova Olímpia, cidade onde reside parte de sua família, no Noroeste do Paraná. A visitação ocorre de quinta a sábado, das 14h às 19h , e aos domingos, das 10h às 15h.
Ao todo, são 12 trabalhos entre pinturas e costuras que foram segmentados pela curadora, Joanes Barauna, em três tempos poéticos: subir um novo monte, submersão e regar com lágrimas. Joanes conta que o artista ressignifica a imagem que se espera dos homens, através de diversos trabalhos. “SANTO pinta homens que choram na tentativa de reelaborar sobre essa categoria. Nas lágrimas, encontra uma maneira de regar as flores que crescem em seus quadros: flores cor-de-rosa”, diz.
Sobre o artista
SANTO é artista visual e escritor. Atualmente, vive e trabalha em Nova Olímpia, no interior paranaense. Estudou direito na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e hoje cursa Artes Visuais na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (UNESPAR). No que parece ser um desdobramento natural de sua origem na pixação, o trabalho do artista acontece entre a imagem e a palavra. Sua produção se materializa em diferentes linguagens – pintura, desenho, grafite e poesia — e retrata figuras masculinas que habitam um universo delicado e vulnerável.
Atualmente, ele abriga seu ateliê na antiga sala de benzimento de sua avó, espaço que herdou. “Minha avó foi a última benzedeira da cidade e meu trabalho acabou se mesclando com a prática do benzimento, além da influência na imagem, já que eu comecei a pintar paisagens por conta do ambiente que eu estava observando”, completa.


