O presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi (PSD), deu entrevistas para veículos de comunicação nacionais nesta semana, destacando o bom momento econômico do Paraná e a união política que proporcionou as condições para isso. À CNN, o deputado comentou de forma mais abrangente a intenção do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) de ser candidato à Presidência da República nas eleições do ano que vem.
Sem descartar a força do eleitorado bolsonarista, definido por ele como “fundamental”, o paranaense afirmou que, por transitar melhor no eleitor de Centro, Ratinho Junior não precisa da chancela do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser candidato em 2026.
“O governador do Paraná tem essa oportunidade, tem esse diferencial de poder disputar a sua candidatura sem uma sinalização do ex-presidente Bolsonaro. Claro, dependendo do voto da centro-direita, da direita, mas não tendo que esperar essa sinalização”, afirmou ele.
Curi disse ainda acreditar que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), será candidato para presidente, mesmo que tenha afirmado e reafirmado que concorrerá à reeleição para o Governo do Estado. Nesse cenário, analisou que seria preciso que Ratinho mudasse de partido, pois o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, já sinalizou apoio ao governador paulista, caso ele entre na disputa.
“Ele [Kassab] fala publicamente: de que se Tarcísio de Freitas vier a ser o candidato, o PSD vai acompanhar a sua candidatura. Mas, nada impede também o governador do Paraná, e ainda há o prazo para isso, de mudar de partido e viabilizar a sua candidatura”, disse o presidente da Assembleia.
No entanto, Curi vê uma diferença nas condições de Ratinho e Tarcísio, analisando que o paulista precisa, sim, de uma sinalização de Bolsonaro para se viabilizar na disputa. “O Tarcísio, ele depende muito do apoio do bolsonarismo para ser candidato a presidente da República e depende de uma sinalização do ex-presidente Bolsonaro”, disse.
Ele destacou ainda, na conversa, que uma eventual candidatura de Tarcísio não inviabiliza a de Ratinho Junior. E disse que a indefinição sobre candidato(s) é prejudicial à direita no cenário da disputa contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Momento do Paraná e sucessão estadual
Em entrevista à Bandnews TV, o presidente da Assembleia destacou a paz política do Paraná e como isso tem gerado benefícios para o Estado. Ressaltou ainda que o Parlamento estadual não faz uso de emendas parlamentares, com a devolução de recursos não utilizados do orçamento do Legislativo sendo destinada a projetos nos municípios, como construção de hospitais, de creches e obras de pavimentação.
Curi destacou ainda a redução da alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), já em vigor após aprovação na Assembleia, e a renegociação de dívidas dos contribuintes (Refis) com o Governo do Paraná, que está em análise pelos deputados.
À CNN, o paranaense comentou ainda o desejo de ser o sucessor de Ratinho Junior no comando do Estado. E reafirmou o interesse de estar na disputa. “Você sabe disso aqui, político sempre fala com cautela. ‘Estou pensando, stou tentando viabilizar’. Eu tenho sido muito claro, eu gostaria muito de ser candidato ao governador do Estado do Paraná, mas principalmente dar continuidade essa grande gestão do governador Ratinho Junior”, disse.
“É claro que dentro do meu partido existem bons nomes que também que podem concorrer, como o ex-prefeito Rafael Greca; o secretário das Cidades, Guto Silva; o próprio vice-governador da Darci Piana”, seguiu Curi.
“Então são bons nomes. O que eu posso garantir é que o governador, das poucas vezes que abordou esse assunto da sucessão, deixou muito claro que o seu sucessor, o seu candidato será do PSD, será do seu grupo político. E eu não tenho dúvida que, hoje, ele é o maior cabo eleitoral, com 80% de aprovação. E a partir do momento que ele sinalizar o seu candidato, esse candidato terá um grande crescimento nas pesquisas eleitorais”, finalizou sobre o tema.