O Governo do Paraná entregou para a empresa Vento Sul Energia a Licença de Instalação (LI) do Complexo Eólico Palmas II, localizado no município de mesmo nome, no Sudoeste do Estado. O documento, emitido pelo Instituto Água e Terra (IAT), autoriza o início da construção do empreendimento e terá validade até 2031.
Com potência instalada de 504 megawatts (MW), o projeto representa um dos maiores investimentos privados em energia renovável do Paraná, com previsão de R$ 3,5 bilhões aplicados na implantação. Serão 72 turbinas de 7 MW cada, com torres de concreto de 160 metros de altura, fornecidas pela empresa Weg, distribuídas em sete parques eólicos que ocuparão cerca de 145 hectares.
O empreendimento deve gerar aproximadamente 150 mil megawatts-hora (MWh) de energia elétrica por mês – volume suficiente para abastecer 300 mil domicílios, ou cerca de 1,2 milhão de pessoas. A construção vai durar cerca de dois anos, com a criação de até 5 mil empregos diretos e indiretos.
Com a emissão da Licença de Instalação (LI), a Vento Sul Energia passa a ter autorização legal para iniciar as obras físicas do parque eólico, incluindo a implantação das torres, acessos, subestações e demais estruturas necessárias ao funcionamento do empreendimento.
Após a conclusão das obras, a empresa ainda deverá solicitar ao Instituto Água e Terra (IAT) a Licença de Operação (LO), que autoriza o início efetivo da geração de energia. Até lá, seguem as etapas de execução, monitoramento e cumprimento das condicionantes ambientais estabelecidas pelo órgão licenciador.
Outra frente de trabalho da empresa, a partir de agora, envolve a conexão do futuro complexo com o Sistema Interligado Nacional (SIN), o que será feita por meio de uma linha de transmissão de 525 kV, ligando a Subestação Coletora de Palmas ao ponto de conexão da Eletrosul, no município de General Carneiro.
Segundo parque em Palmas
Palmas abriga o primeiro parque eólico construído no Sul do Brasil. O Parque Eólico de Palmas I, implantado pela Copel em 1999, marcou a entrada do Paraná na geração de energia a partir dos ventos, com potência instalada de 2,5 MW. Agora, com o Palmas II, o Estado dá um novo salto tecnológico e econômico, ampliando em escala a produção de energia limpa e renovável.
O prefeito Daniel Langaro destacou que o projeto trará impactos diretos para o município e a região Sudoeste e que vão além da geração de energia. “A implantação do parque eólico coloca Palmas e o Sudoeste como players principais na geração de energia, além de atrair novas indústrias que se beneficiam dessa oferta e fomentar o turismo”, afirmou Langaro.
Com informações da Agência Estadual de Notícias