Maringá, no Noroeste do Paraná, recebe neste mês de outubro uma série de espetáculos que integram a tradicional Mostra Palco Giratório, projeto do Sesc de circulação, intercâmbio e formação de plateias que leva apresentações, oficinas e debates a diversas cidades do país. Neste ano, a mostra homenageia o circo por meio da Escola Pernambucana de Circo, um projeto social com forte impacto na periferia de Recife, e da líder da companhia há 27 anos, Fátima Pontes — referência na arte circense do Brasil, além de atriz, pesquisadora e dramaturga.
Os espetáculos são gratuitos, mas os ingressos são limitados e devem ser retirados na Central de Relacionamento com o Cliente no Sesc Maringá.
O primeiro espetáculo a ser apresentado durante o mês será “Circo Science: do mangue ao picadeiro”, montagem da Trupe Circus, vinculada à Escola Pernambucana de Circo. A montagem, uma homenagem ao ao cantor e compositor brasileiro Chico Science — um dos principais colaboradores do movimento manguebeat, expressão artística que redefiniu a música brasileira nos anos 1990 —, será apresentada neste sábado (4), às 17h30, no Sesc Maringá.
Na sequência, a partir das 18h40, ocorre o Pensamento Giratório, com o grupo debatendo com o público a Arte e transformação humana para as juventudes – numa perspectiva de construção de projetos de vida.
No sábado seguinte (11), véspera do Dia das Crianças, às 9h, é a vez da Dimenti Produções Culturais — plataforma baiana de criação artística e produção cultural — apresentar “Biblioteca de Dança”. No espetáculo, artistas transformam seus corpos em livros vivos para compartilhar com o público memórias ligadas a danças que marcaram suas vidas e seus contextos.
Em seguida, às 11h15, também há uma conversa entre elenco e público, com o tema Uma biblioteca de dança? Como pensar diferentes histórias da dança?.
No dia 18 de outubro, às 16h, Kamylla dos Santos e André Daniel, integrantes do grupo curitibano Baquetá, apresentam o espetáculo Itan e Tal, que conta a história da menina Nati, que ao inventar um jogo chamado Mundo Invertido das Palavras, descobre que seu nome é Itan. Após a apresentação, às 17h30, o bate-papo entre os atores e o público será sobre o tema Dramaturgia amefricana e sabenças afroindígenas em cena.
No último fim de semana do mês, a artista paulistana Aysha Nascimento sobe ao palco acompanhada dos atores Naruna Costa e Jhonny Salaberg para apresentar a peça “Parto Pavilhão”. A apresentação será no sábado (25), às 19h, e também será seguida de bate-papo. O tema da conversa é Um olhar-reflexão sobre a criação do espetáculo Parto Pavilhão
Oficinas
Além dos espetáculos e dos bate-papos, a programação da mostra conta com oficinas ministradas pelos grupos que se apresentam nela. No dia 3 de outubro, das 8h às 12h, a Trupe Circus comanda a oficina prática Formação de Educadores e Educadores de Circo Social. A ação é voltada para educadores de circo ou de projetos sociais, professores de arte, artistas circenses ou das outras expressões de artes cênicas que atuam com práticas educativas para crianças, adolescentes ou jovens.
No dia 17, também das 8h às 12h, o grupo Baquetá ministra a oficina Brincando Áfricas e Brasil, voltada para estudantes de artes cênicas e quem tiver interesse no assunto. Serão apresentadas formas de brincar de diferentes povos indígenas, sobretudo Pataxó.
Já no dia 24, das 8h às 12h, Aysha Nascimento comanda a oficina Parir Imaginários, na qual propõe uma investigação cênica a partir dos estudos práticos utilizados na montagem do espetáculo “Parto Pavilhão”.