O colombiano Kevin Viveros chegou ao Athletico como a contratação mais cara da história do clube. Os R$ 27 milhões pagos pelo atacante do Atlético Nacional de Medellin têm valido a pena pro Furacão.
Viveros é o principal protagonista da arrancada atleticana rumo ao G4 da Série B. Em onze jogos pelo time na competição (só oito como titular), marcou seis gols. Com uma força física avantajada, usa as arrancadas contra as defesas adversárias para justificar o apelido de Trem.
Antes da atual boa fase com quatro vitórias seguidas, o Rubro-Negro era o 13º colocado da tabela, nove pontos distante do G4. Agora, está apenas dois pontos atrás do grupo de classificação para a Primeira Divisão nacional.
O bom desempenho recente, bastante em função da força do Trem, está até na análise dos adversários. Após perder para o Athletico por 3 a 2 (dois gols de Viveros), o presidente da Chapecoense, Alex Passos, foi aos microfones. “Vocês viram o que esse centroavante fez? Ele custou o orçamento do ano todo da nossa equipe”, afirmou, escancarando a diferença enorme financeira que o Athletico ostenta para a maioria dos adversários da Segundona.
Se nas contratações do primeiro semestre, a diretoria do Furacão foi péssima ao usar de forma ruim o potencial financeiro que tem, a janela do meio do ano foi bem mais certeira. Chegaram cinco colombianos (entre eles Viveros) e um argentino.
As opções pro técnico Odair Helmann formar um time ficaram bem mais satisfatórias. Especificamente pro jogo do próximo domingo contra o Vila Nova, na Arena da Baixada, o suspenso Viveros será um desfalque de peso.
Só que mesmo assim, a esperança renovada na briga pelo acesso faz o torcedor acreditar que ele pode não fazer tanta falta assim. Afinal, é uma rodada em que o Athletico pode finalmente voltar ao grupo dos quatro melhores da Série B.
Taça FPF – laboratório para os grandes, sonho para os pequenos
A Taça FPF começou com um contraste. Dos dez participantes, oito tem o objetivo claro de chegar à última vaga paranaense na Copa do Brasil de 2026. São eles: Patriotas, Cianorte, Cascavel, Rio Branco, Batel, Nacional, Azuriz e Foz do Iguaçu.
Os outros dois, a dupla Athletico e Coritiba, colocam em campo seus times de atletas sub-20, com um ou outro nome que está sem espaço na equipe principal. O objetivo é fazer um laboratório de quem pode ter oportunidade nas principais competições mais à frente.
É claro que como não foi bem no Estadual, o Coxa não tem vaga assegurada na Copa do Brasil. Mas pode conquistá-la tanto vencendo a Taça FPF como ganhando a Série B.
A promessa é que pelos próximos três meses tenhamos bons desafios nos campos do interior e da capital.
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Robson De Lazzari é jornalista esportivo há mais de 25 anos. Formado pela Universidade Tuiuti do Paraná. Antes mesmo de terminar a graduação já transmitia jogos de futsal e futebol no rádio. Com cursos especializados como da Indústria do Futebol, atuou em cinco emissoras radiofônicas diferentes de Curitiba como repórter.
Também tem experiência em jornal impresso e em portal de notícias pela Gazeta do Povo. Na televisão foi repórter da RPC (afiliada da Rede Globo), SporTV e Rede Massa (afiliada do SBT). Atualmente é comentarista na Rádio Transamérica, na TV Paraná Turismo, na Rede CNT e na FPF TV.