Assim como fez no início de agosto, diante da decretação de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) se solidarizou com Bolsonaro na noite desta quinta-feira (11), após o Supremo Tribunal Federal condenar o ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, além dos crimes de participação em organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
O ato de solidariedade veio, novamente, em forma de publicação em rede social, na qual Ratinho Junior também escreveu que “o povo brasileiro não está feliz com a perseguição a um ex-presidente”. Ao mesmo tempo, porém, o governador enalteceu instituições fortes e o Estado Democrático de Direito — os mesmos que o STF entendeu que Bolsonaro agiu contra —, tornando a mensagem dúbia.
Como um dos pré-candidatos a Presidência em 2026 que querem atrair os eleitores bolsonaristas sem parecerem radicais a outros grupos, Ratinho Junior vem tentando se equilibrar numa corda bamba. Ele não se manifestou, por exemplo, quando o ex-presidente foi alvo de uma ação da Polícia Federal em julho e passou a usar tornozeleira eletrônica, mas prestou solidariedade diante da prisão domiciliar.
Também demorou a se manifestar sobre a sobretaxação dos produtos brasileiros pelos Estados Unidos. Quando o fez, em um evento voltado para empresários, criticou como o Governo Federal estava conduzindo a situação ao mesmo tempo em que afirmou que o ex-presidente “não é mais importante que essa relação comercial entre os Estados Unidos e o Brasil”. A fala gerou críticas do deputado federal e filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro.