O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), encaminhou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados uma representação do PSOL que pede a cassação do deputado paranaense Sargento Fahur (PSD). O envio foi feita na sexta-feira (15), junto com outras 19 representações contra diversos parlamentares.
Conforme o documento assinado pela presidente nacional do PSOL, Paula Coradi, Fahur teria tido um comportamento incompatível com o exercício do mandato parlamentar quando, em 15 de julho, ao presidir uma sessão da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, disse: “Se tiver um filme que o Pastor Henrique [Vieira] apanhe, eu quero ser o policial que bate”.
A frase teria sido dita em tom de irritação em resposta a um pedido de Vieira para falar depois de ser citado em uma discussão. Ela faz referência ao fato de que Vieira atuou no filme Marighella.
Para o partido, a conduta de Fahur “ultrapassa qualquer limite aceitável no âmbito do dissenso, absolutamente desvinculado de qualquer crítica legítima à atuação política do Deputado Pastor Henrique Vieira”. A representação também classifica a fala como violência simbólica e cita o ministro Luís Roberto Barroso para argumentar que o “excesso de linguagem” também pode configurar quebra de decoro.
Ao portal Bem Paraná, o deputado disse: “Quase certeza que não passará de uma advertência ou arquivamento”. Fahur também criticou a forma como Motta está conduzindo a Câmara dos Deputados.