A Prefeitura de Foz do Iguaçu lançou, nesta quarta-feira (6), um questionário on-line para entender como os cidadãos avaliam o serviço de transporte coletivo na cidade e quais melhorias podem ser feitas para atender às necessidades dos usuários. O levantamento, conduzido pela Fundação de Estudos e Pesquisas (Fepese), integra uma série estudos que vêm sendo feitos para subsidiar o processo de licitação para contratação do serviço de transporte público no município — e deve ser respondido até 31 de agosto. A previsão é de que a proposta do modelo a ser licitado seja entregue pela Fepese em outubro.
A pesquisa é composta por cinco blocos de perguntas, com tempo de resposta entre três e nove minutos. As questão tratam da finalidade do uso do serviço (trabalho, lazer, estudos), da forma de pagamento da tarifa, do tempo de deslocamento e do bairro onde mora, além de avaliações de itens como acessibilidade, disponibilidade de horários, rapidez nos deslocamentos, conforto nos pontos de ônibus e no Terminal de Transporte Urbano.
As respostas serão somadas às da pesquisa origem-destino, feita em junho, com entrevistas domiciliares para compreender os deslocamentos diários dos moradores, tanto na região urbana como nas áreas rurais. E também ao estudo de embarque e desembarque realizado em 16 das 33 linhas do sistema de transporte coletivo, com pesquisadores posicionados no interior dos ônibus, nos horários de pico, para registrar a movimentação dos usuários.
O transporte em Foz
O transporte coletivo de Foz está a cargo da Viação Santa Clara (Visac) desde março de 2023, quando uma licitação emergencial foi feita depois que a Prefeitura do município rompeu o contrato com o Consórcio Sorriso — então responsável pelo transporte público no município — alegando irregularidades na prestação do serviço.
Apesar das reclamações do Executivo municipal, a decisão gerou disputa, porque, conforme o Consórcio, a própria Prefeitura não deu condições para que o serviço fosse executado adequadamente — o que foi reconhecido pela Justiça, que, em setembro passado, em primeira instância, condenou a Prefeitura a pagar cerca de R$ 208 milhões ao Consórcio por descumpri-lo.
Inicialmente, o contrato com a Visac tinha validade de dois anos, mas ele foi renovado no início de 2025, porque o processo licitatório não foi iniciado no ano — e na gestão — anterior, não havendo tempo hábil para sua realização antes do fim do contrato, o que levaria à interrupção do serviço. O novo contrato foi iniciado em março de 2025 e também tem validade de dois anos, mas pode ser interrompido a qualquer tempo.