A Araucária Nitrogenados S.A (Ansa) concluiu neste começo de junho os testes para produção de Arla 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo) na recém-reativada fábrica no município de mesmo nome na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A fase de especificação do produto, onde a qualidade do aditivo automotivo é certificada, marca o primeiro passo na retomada de produção da planta, que havia sido desativada pela Petrobras no começo de 2020.
Subsidiária integral da estatal de petróleo, a Ansa teve o retorno de suas atividades aprovado em junho do ano passado. Para a produção de Arla 32, foi firmada uma parceria com a multinacional Yara, que irá vender o produto final no mercado consumidor, além de fornecer a matéria-prima (ureia) para a fabricação. Segundo a Petrobras, atualmente o mercado interno é abastecido com Arla 32 importado.
A estatal ainda destacou que o processo de industrialização do produto está sendo realizado em paralelo às atividades de retomada integral da operação da fábrica de Araucária. A expectativa é que a Ansa inicie sua operação plena no início do segundo semestre de 2025, com investimento de R$ 870 milhões. Atualmente, a planta está em processo final de manutenção dos equipamentos para o início das atividades.
O valor destinado à Ansa é parte de um pacote de R$ 5 bilhões que a Petrobras pretende investir na produção de fertilizantes em seu plano quinquenal.
Quando em plena operação, a fábrica paranaense terá capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia – o que corresponde a 8% do mercado -; 475 mil toneladas/ano de amônia; além de 450 mil metros cúbicos/ano do Arla 32.
Durante a fase de retomada, a Ansa está com cerca de 2 mil empregados. A estimativa é que, após a volta à plena operação, sejam mantidos 700 empregos diretos na fábrica.
O que é o Arla 32
O Agente Redutor Líquido Automotivo – Arla 32 – é uma solução aquosa de ureia utilizada em veículos a diesel para reduzir as emissões de óxido de nitrogênio (NOx), um dos poluentes mais prejudiciais ao meio ambiente. O produto atua no sistema de escape, transformando os NOx em nitrogênio e vapor de água, que são inofensivos. A Ansa irá receber ureia com baixo teor de biureto e, utilizando sua tecnologia, será feita a mistura com água desmineralizada, resultando em uma solução de alta pureza, com concentração de 32,5%.