A demissão do presidente do Instituto Municipal de Turismo na semana passada levou a Prefeitura de Curitiba a fazer mudanças no processo de checagem de antecedentes de indicados a cargos comissionados.
A exoneração foi a primeira baixa do alto escalão da gestão Eduardo Pimentel (PSD). E ocorreu na esteira de uma briga interna do Movimento Brasil Livre (MBL), que também resultou em um processo de impeachment contra o vereador João Bettega (União Brasil), que ainda foi expulso da entidade e viu todos seu gabinete pedir exoneração. Na saída, os assessores do parlamentar protocolaram uma moção de protesto contra a nomeação ao instituto de um condenado por improbidade administrativa em Antonina, no Litoral do Paraná.
Ao todo, duas novas medidas vão tentar garantir que os integrantes da administração não tenham sido condenados por corrupção. A primeira delas é um reforço na lista de certidões exigidas para nomeação. Caso o indicado tenha morado fora de Curitiba, terá que emitir certidões civis e criminais (estaduais e federais) de todas as comarcas onde tenha residido nos últimos cinco anos. Também serão exigidas mais certidões, ligadas ao Imposto de Renda, acúmulo de cargos públicos e de moralidade e probidade administrativa. Também haverá uma declaração relativa a possíveis casos de nepotismo.
A segunda medida é o estabelecimento de um fluxo de nomeação. A intenção é aumentar o controle prévio, em um processo que ficará a cargo da Controladoria-Geral do Município (CGM), mas com envolvimento também da Secretaria de Governo Municipal (SGM), a Procuradoria-Geral do Município (PGM) e a Secretaria Municipal de Gestão de Pessoal (SMGP).