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14º Olhar de Cinema abre vendas em 16 de maio; confira os filmes selecionados e novos locais

O longa japonês “Cloud” (“Kuraudo”), do diretor Kiyoshi Kurosawa, é o filme de abertura do festival. Foto: Divulgação

Começam no dia 16 de maio as vendas de ingressos para o 14º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, marcado para 11 a 19 de junho. As entradas estarão à venda no site oficial do evento, por R$ 8 (meia-entrada) a R$ 16 (inteira) — e os longas e curta-metragens que compõem a programação deste ano foram divulgados nesta quarta-feira (7).

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Ao todo, mais de 80 produções serão apresentadas em suas mostras, entre estreias mundiais, nacionais, filmes para a criançada e clássicos remasterizados reapresentados na telona. As exibições serão em espaços emblemáticos da capital paranaense — alguns recebem o festival pela primeira vez. É o caso do Museu Oscar Niemeyer (MON) e do Cine Guarani. O filme de abertura será, por mais um ano, exibido na Ópera de Arame em uma sessão exclusiva. Cine Passeio, Teatro da Vila e Cinemateca também terão sessões.

Composto por 10 mostras — Competitiva Brasileira, Competitiva Internacional, Novos Olhares, Mirada Paranaense, Exibições Especiais, Olhar Retrospectivo, Olhares Clássicos, Foco, Pequenos Olhares, Filme de Abertura e Encerramento —, o festival promove diferentes olhares sobre determinados segmento, pauta, idade, diretor ou estilo de produção.

Além das sessões pagas, o festival contará com exibições gratuitas no Teatro da Vila, na CIC, e no Cine Guarani, no bairro Portão.

Filme de abertura

O longa-metragem que abrirá a edição 2025 do Festival Internacional de Curitiba é “Cloud” (“Kuraudo”), assinado pelo diretor japonês Kiyoshi Kurosawa, um dos mais cultuados cineastas contemporâneos, conhecido por produções como “Pulse”(2001), “Creepy” (2016), e “A Cura” (1997).

O filme, que estreia no Brasil dentro do evento, representou o Japão na corrida do Oscar deste ano, na categoria “Melhor Filme Internacional”, e passou por outros renomados festivais internacionais, como o de Veneza, Toronto e Chicago.

Inspirado em uma história real, a produção é um suspense que aborda a história de um grupo de justiceiros formado na internet que se rebela contra Yoshii (Masaki Suda), que usa o pseudônimo Ratel, um revendedor online de produtos baratos a preços elevados. Apesar de trabalhar como operário em uma pequena fábrica, o jovem se dedica a revender todos os tipos de mercadorias online, desde roupas a equipamentos médicos. Após negar uma promoção no local onde trabalha, ele decide viver com sua namorada em uma casa afastada da cidade.

Ao se sentir lesada, sua clientela é dominada por um sentimento de raiva, levando até mesmo pessoas não diretamente prejudicadas a se unirem contra ele, motivadas por ressentimentos pessoais.

Confira os filmes que integram a programação:

Mostras Competitivas

As produções selecionadas para as Mostras Competitivas, tanto a Internacional quanto a Brasileira, concorrem pelos prêmios de Melhor Filme, Direção, Roteiro, Atuação, entre outros, concedidos pelo Júri, além das premiações do público, responsável por eleger o Melhor Longa e Melhor Curta nas duas mostras.

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Competitiva Brasileira – Longas

  • “Apenas Coisas Boas” (Dir. Daniel Nolasco | Brasil | 2025 | 108’): Catalão, interior de Goiás, 1984. Antonio vive sozinho e isolado cuidando dos afazeres de sua pequena fazenda até o dia em que seu destino cruza com o de Marcelo, um motoqueiro solitário que sofre um acidente atravessando a região. Antonio cuida das feridas de Marcelo. Os dois se apaixonam e vivem uma história que transforma, desestabiliza e provoca rupturas em cada um deles.
  • “Aurora” (Dir. João Vieira Torres | Brasil, Portugal, França | 2025 | 130’): Aurora foi a avó do diretor. Sem saber ler ou escrever, ela foi parteira e curandeira por mais de quarenta anos no sertão profundo da Bahia. De um encontro a outro, com os vivos e os mortos, o filme segue seus rastros, confrontando a violência estrutural de gênero e racial, presentes na formação histórica do Brasil.
  • “A Voz de Deus” (Miguel Antunes Ramos | Brasil | 2025 | 85’): Duas crianças pregadoras buscam uma vida melhor através da fé. Daniel,17, lida com a frustração paterna: ele era a criança pregadora mais famosa do Brasil, mas à medida que cresce há cada vez menos interesse. João, por sua vez, está no auge: com 12 anos, possui um milhão de seguidores no Instagram, e prega para multidões. Um ciclo que termina e outro que começa. Um país que não é mais o mesmo.
  • “Cais” (Dir. Safira Moreira | Brasil | 2025 | 69’): Dois meses após o falecimento de sua mãe Angélica, viaja em busca de encontrá-la em outras paisagens. Num curso fluvial, o filme percorre cidades banhadas pelo Rio Paraguaçu (Bahia) e pelo Rio Alegre (Maranhão), para imergir em novas perspectivas sobre memória, tempo, nascimento, vida e morte.
  • “Explode São Paulo, Gil” (Dir. Maria Clara Escobar | Brasil, Portugal | 2025| 97’): Gil sempre quis ser cantora. Ela se mudou para São Paulo com sua esposa quando tinha 20 e poucos anos. Agora, aos 50, é faxineira. Maria Clara lhe propõe fazer um filme no qual Gil será CANTORA. Ela também quer explodir São Paulo. Gil não quer, mas aceita para que o filme aconteça. Gil se torna uma famosa, elas explodem duas cidades e refletem sobre sonhos, trabalho, envelhecimento e esquecimento.
  • “Glória & Liberdade” (Dir. Letícia Simões | Brasil | 2025 | 73’): 2050. O continente Pau-Brasil celebra 200 anos das Revoltas Regenciais que dividiram o Brasil em nações. Azul, documentarista da República da Bahia, viaja pelo Norte e Nordeste para investigar o colapso da unidade brasileira. Entrevistando líderes, camponeses, pajés e hackers, ela explora revolução e identidade. Em casa, enfrenta uma insurreição que desafia suas certezas sobre história e luta.
  • “Paraíso” (Dir. Ana Rieper | Brasil | 2025 | 76’): Documentário de longa-metragem sobre as heranças da condição colonial brasileira na vida diária hoje. A partir de uma narrativa musical e do uso de material de arquivo de naturezas diversas, o filme propõe uma viagem inquieta por relações forjadas pela posse de terras e de pessoas. Uma sinfonia popular sobre violência, resistência, força e afeto.
  • “Torniquete” (Dir. Ana Catarina Lugarini | Brasil | 2025 | 75’): Uma família multigeracional de três mulheres enfrenta as marcas de mais uma invasão traumática, revisitando o passado, reconstruindo o futuro e curando suas feridas.

Competitiva Brasileira – Curtas

  • “A Nave que Nunca Pousa” ( Dir. Ellen Morais | Brasil | 2025 Z 15’): A Nave que Nunca Pousa paira sobre uma comunidade quilombola no sertão da Paraíba. Os moradores locais precisam lidar com as consequências desse acontecimento. Uma ficção científica documental nas terras de Aruanda.
  • “Americana” (Dir. Agarb Braga |Brasil | 2025 | 20’): Cinco amigas são detidas após uma briga em praça pública motivada por uma traição. Na delegacia, durante os depoimentos, segredos vêm à tona, revelando verdades inesperadas.
  • “Fronteriza” (Dir. Rosa Caldeira, Nay Mendl | Brasil, Paraguai | 2025 | 20’): Lucca, um jovem trans da periferia de São Paulo, viaja até Foz do Iguaçu, no limite entre Brasil, Paraguai e Argentina, em busca do pai que nunca conheceu. Lá conhece Diego, um paraguaio, que o apresenta os segredos da fronteira.
  • “Girassóis” (Dir. Jessica Linhares, Miguel Chaves | Brasil, Paraguai | 2025 | 20’): Em um Brasil de escala 6×1, Girassóis narra o cotidiano de Zé, um homem negro idoso, que ainda é obrigado a trabalhar. Abordando a realidade que sobrecarrega os trabalhadores brasileiros, a trama reflete sobre os desafios do trabalho, desde a rotina diária até o impacto no relacionamento familiar e nas esperanças para um futuro inóspito. Livremente baseado em fatos reais
  • “Maira Porongyta – O Aviso do Céu” (Dir. Kujãesage Kaiabi | Brasil | 2025 | 21’): Itaarió, criador do mundo, é o mais poderoso entre os Mait, os deuses do povo Kaiabi. Ele convoca os outros Mait para uma reunião em sua casa no céu para transmitir um aviso inquietante. Ficção baseada em fatos.
  • “Mais Um Dia” (Dir. Vinícius Silva | Brasil | 2025 | 21’): A artista Leonora Maia, mais um dia na Amazônia.
  • “Ontem Lembrei de Minha Mãe” (Dir. Leandro Afonso | Brasil | 2025 | 23’): Um episódio da infância retorna à memória de um homem sem terra.
  • “Seco” (Dir. Stefano Volp | Brasil | 2025 | 17’): Após terminar seu testamento, horas antes de morrer, um ex-militar viúvo percebe que não se recorda da última vez que chorou. Para encontrar suas lágrimas, ele provocará suas emoções correndo atrás de gestos e sentimentos soterrados.

Competitiva Internacional – Longas

  • “A Árvore da Autenticidade” (Dir. Sammy Baloji | Bélgica, Congo | 2025 | 87 min’): No coração da floresta tropical do Congo, os restos de um centro de pesquisa dedicado à agricultura tropical revelam o peso do passado colonial e seus vínculos indissociáveis com as mudanças climáticas contemporâneas.
  • “Ariel” (Dir. Lois Patiño | Espanha, Portugal | 2025 | 108’): Ariel é um filme de teatro dentro do teatro, sobre uma atriz argentina que desembarca em uma ilha estranha e encantadora, onde os habitantes transcenderam em personagens shakespearianos.
  • “Fire Supply” (“Fire Supply” | Dir. Lucía Seles | Argentina | 2024 | 156’): Por que os podcasts têm um limite? Uma pessoa que ama sua mãe e seu pai gostaria de fazer gelo ou aço ou ter um cemitério para que sua mãe não sofresse por ninguém
  • “Medidas para um Funeral” (Dir. Sofia Bohdanowicz | Canadá | 2024 | 142 min): De Toronto a Oslo, seguimos a jornada de uma jovem acadêmica, Audrey Benac. Audrey embarca em uma busca por uma mulher — a renomada violinista canadense do início do século XX, Kathleen Parlow — enquanto, ao mesmo tempo, foge de outra: sua mãe, uma musicista fracassada.
  • “Quando o Telefone Tocou” (Dir. Iva Radivojević | Sérvia, Estados Unidos | 2024 | 73 min): Por meio da reconstrução íntima de um telefonema importante, When The Phone Rang investiga o deslocamento e a natureza da memória. Na mente da protagonista de onze anos, a ligação apaga todo o seu país, sua história e identidade.
  • “Um Corpo Para Habitar” (Dir. Angelo Madsen | Estados Unidos | 2025 | 98’): Entrelaçando fotografias estáticas deslumbrantes com as vozes de pessoas idosas queer, A Body to Live In traça as comunidades, filosofias e histórias controversas que cercam o movimento de Modificação Corporal, iniciado pelo artista underground Fakir Musafar.

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Competitiva Internacional – Curtas

  • “As Loucas do Sótão” (Dir. Tamara García Iglesias | Espanha | 2024 | 16’): Marguerite Duras pode nos curar da loucura? Pode essa mulher que é muda na alma ser louca? Este filme, por meio de um elenco analógico, explora as representações da loucura nos filmes mudos das décadas de 20 e 30.
  • “Barco dos Tolos” (Dir. Alia Haju | Líbano, Alemanha | 2024 | 30’): Este anima-doc costura os fragmentos da vida pessoal de Alia, uma mulher libanesa. Crescendo enfrentando a guerra e o deslocamento, ela forma uma amizade com um possível super-herói na costa de Beirute, chamado Abu Samra. Ela treina com ele e seus monstros se encontram. Alia e Abu Samra sobrevivem encontrando conforto na insanidade que a cidade semeou neles. Então, a revolução libanesa começa.
  • “Conseguimos Fazer um Filme” (Dir. Tota Alves | Portugal | 2024 | 15’): Maria Inês vive as primeiras brisas de amor numas férias de Verão. Acompanhada das amigas, passeia pelo bairro onde vive passando o tempo entre missangas e a rodagem de um filme.
  • “Coração Azul” (Dir. Samuel Suffren | Haiti, França | 2025 | 15’): Marianne e Pétion vivem no Haiti e aguardam impacientemente uma ligação de seu filho nos EUA. À medida que o silêncio se instala, seus medos e preocupações crescem, revelando as fraturas em suas próprias vidas. A promessa do sonho americano agora parece escapar-lhes, à medida que a linha entre esperança e realidade se torna cada vez mais tênue.
  • “Después del Silencio” (Dir. Matilde-Luna Perotti | Canadá | 2024 | 14’): Em um curta-metragem profundamente comovente, uma cineasta retorna à sua avó após seis anos de silêncio para confrontar o tabu familiar: o abuso sexual que ela sofreu.
  • “Esportes Aquáticos” (Dir. Whammy Alcazaren | Filipinas | 2024 | 15’): Jelson e Ipe, estudantes profundamente apaixonados, enfrentam provas da mente e do corpo enquanto se preparam para sobreviver a um mundo devastado pelas mudanças climáticas. Jelson e Ipe logo descobrem que talvez a melhor maneira de sobreviver ao fim do mundo seja simplesmente viver, rir e amar.
  • “Ídolo Evanescente” (Dir. Majid Al-Remaihi | França, Kuwait, Catar | 2025 | 19’): Enquanto o céu azul se encontra com os mares ao redor, o nativo convertido em arqueólogo Hassan AlFailakawy retorna à ilha abandonada de Failaka, na costa do Kuwait. Entre a desolação e as diferentes ruínas da ilha após a Guerra do Golfo, Hassan se depara com questões sobre retorno, restituição e pertencimento.
  • “O Reinado de Antoine” (Dir. José Luis Jiménez Gómez | Cuba | 2024 | 19’): Em uma cidade cubana, Visman, um jovem obcecado por fantasias históricas, se refugia nelas para explorar a complexidade de seus laços familiares e seu ambiente social. Responsável pelo cuidado exclusivo de seu pai deficiente, ele se empenha em dar vida à sua narrativa épica O Reinado de Antoine, enfrentando adversidades diárias e buscando uma fuga em um mundo em ruínas.

Mostra Olhar Retrospectivo – Agnès Varda

A Mostra Olhar Retrospectivo é um espaço dedicado a um grande nome do cinema mundial, apresentando um panorama de suas produções e uma reflexão sobre sua trajetória. Quem integra a mostra na 14ª edição do Olhar de Cinema é a cineasta Agnès Varda, cujo trabalho é referido como um dos marcos do cinema moderno, do cinema realizado por mulheres, dos filmes-ensaios e dos documentários subjetivos.

Foram selecionados 10 filmes da cineasta francesa, sendo seis longas e quatro curtas-metragens, em uma temática intitulada “Derivas por Varda”, em referência aos personagens “em deriva” da realizadora e ao percurso do público pela mostra.

  • “Saudações aos Cubanos” (Dir Agnès Varda | França / 1964 / 29’): A partir de mais de mil fotografias tiradas por ela mesma em uma viagem a Cuba em 1963, Agnès Varda monta um documentário vibrante que celebra a cultura cubana pós-revolução. Com narração envolvente e ritmo dinâmico, o filme mistura informação, simpatia e crítica em um olhar afetuoso sobre o povo cubano.
  • “La Pointe-Courte” (Dir. Agnès Varda | França | 1955 | 81’): No vilarejo pesqueiro de La Pointe Courte, um casal em crise revisita sua relação enquanto os habitantes locais enfrentam dificuldades cotidianas. Primeiro longa de Agnès Varda, o filme combina elementos documentais e ficcionais, antecipando a estética da Nouvelle Vague com um olhar lírico e social.
  • “A Ópera-Mouffe” (Dir. Agnès Varda | França | 1958 | 17’: Neste curta-metragem documental-poético de Agnès Varda, uma mulher grávida caminha pelas ruas do bairro Mouffetard, em Paris, observando cenas da vida cotidiana com sensibilidade e estranheza. Misturando realidade e sonho, o filme capta personagens marginalizados e revela o olhar terno e crítico da cineasta sobre a condição humana.
  • “Cléo das 5 às 7” (Dir. Agnès Varda | França | 1962 | 90’): Em tempo quase real, o filme acompanha duas horas na vida de Cléo, uma jovem cantora que espera ansiosamente o resultado de um exame médico. Enquanto vaga por Paris, confronta sua vaidade, seus medos e sua visão da morte. Um retrato sensível da feminilidade e da existência, marcado pelo estilo inovador de Agnès Varda.
  • “Tio Yanco” (Dir. Agnès Varda | França | 1967 | 19’): Neste documentário leve e encantador, Agnès Varda encontra um tio artista que vive em uma casa-barco em Sausalito, Califórnia. A reunião entre os dois, que não se conheciam, dá origem a um retrato afetuoso e lúdico sobre identidade, arte e laços familiares.
  • “Documentira” (Dir. Agnès Varda | França | 1981 | 65’): Ambientado em Los Angeles, este filme mistura ficção e realidade para retratar a solidão de uma mulher francesa que vive com seu filho nos Estados Unidos após o fim de um relacionamento. Com tom melancólico e poético, Agnès Varda explora o exílio emocional e a busca por pertencimento em terras estrangeiras.
  • “Uma canta, a outra não” (Dir. Agnès Varda | França | 1977 | 122’): O filme segue a amizade entre duas mulheres, uma cantora e ativista política e a outra, dona de casa, que vivem experiências muito diferentes durante a Revolução Sexual e os movimentos feministas dos anos 1970. Agnès Varda explora temas de liberdade, feminismo e a complexidade da escolha e da identidade feminina.
  • “Ulysse“ (Dir. Agnès Varda | França | 1983 | 22’): Agnès Varda revisita a ilha grega de Chios, onde filmou seu marido, o cineasta Jacques Demy, no passado. Em uma reflexão sobre o tempo, a memória e o cinema, ela explora o legado da obra de Demy e sua própria jornada como cineasta. Através de imagens poéticas, Varda investiga as conexões pessoais e culturais com o mito de Ulisses.
  • “Os Catadores e Eu“ (Dir. Agnès Varda | França | 2000 | 82’): Agnès Varda percorre a França filmando catadores — pessoas que recolhem sobras, objetos ou alimentos descartados. Ao mesmo tempo, reflete sobre o envelhecimento, o consumo e sua própria condição de cineasta que também “colhe” imagens.
  • “As Praias de Agnès“ (Dir. Agnès Varda | França | 2008 | 108’): Neste documentário autobiográfico, Agnès Varda revisita sua vida e carreira por meio de memórias afetivas e lugares marcantes — especialmente praias. Com humor, sensibilidade e invenção visual, ela costura passado e presente em um autorretrato lírico e criativo.

Mostra Pequenos Olhares

Este espaço reúne uma seleção de produções voltada às crianças, entre longas e curtas-metragens, com o intuito de promover aos pequenos uma experiência única dentro do festival.

  • “Dentro da Caixinha – Mundo de Papel” (Dir. Guilherme Reis | Brasil | 2025 | 83’): O menino Lúcio está no hospital quando recebe da palhaça Parafina uma misteriosa caixinha que transporta ele e sua família para o Sertão da Memória – um mundo esquecido, habitado por personagens das cantigas de roda brasileiras.
  • “A Lenda de Zamu” (Dir. Ana Clara Mancuso, Marina Okamoto, Mayara Mello, Ronaldo Yoshio, Theo Souza | Brasil | 2025 | 5’): Um garoto sonhador e uma jovem inventora contam diferentes versões da história da fundação de sua cidade, que envolve um monstro marinho. Enquanto eles brigam sobre qual é a versão verdadeira, uma tempestade começa, e eles terão a oportunidade de conhecer a lenda de perto.
  • “A Viagem de Tetê” (Dir. Betânia Furtado | Brasil | 2025 | 10’): A história de Tetê, uma teta cheia de leite, e Jojô, um bebê que ama mamar dia e noite. Mas o tempo passa e as coisas precisam mudar na vida dos dois.
  • “Abraços” (Dir. Barcabogante | Brasil | 2025 | 10’): Nanai, uma menina de seis anos, percebe que sua mãe está triste. Para alegrá-la, Nanai desenha em seu diário um universo onírico onde ambas vivem aventuras juntas. As peripécias do sonho transbordam para a realidade, afastando a tristeza, culminando em um abraço.
  • “Mahuru” (Dir. Vitor Ferraz | Brasil | 2025 | 12’): Mahuru, uma jovem indígena, é escolhida para representar a paz em sua ilha. Em meio a rituais ancestrais e decisões importantes, ela precisa seguir seu próprio caminho buscando a liberdade e o direito de amar. Mahuru é uma jornada sobre coragem, amor e a força de ser fiel aos seus sentimentos.
  • “No Início do Mundo” (Dir. Camilla Osório de Castro | Brasil | 2024 | 7’): Maíra aprende o ofício de sua avó.
  • “Rosetta” (Dir. Isabela Paulovic | Brasil | 2025 | 7’): Rosetta foi criada no ambiente de um circo, seu sonho é seguir os pais e se tornar uma palhaça, mas quando é oferecida a oportunidade de se apresentar em público pela primeira vez, fica nervosa e erra seu número.
  • “Três Vírgula Catorze” (Dir. Joana Nogueira, Patrícia Rodrigues | Portugal | 2024 | 11’): Uma jornada interna sobre a condição de crianças diagnosticadas com TDAH, que lutam com sua própria visão de mundo e com o que é esperado delas. Uma alegoria sobre a mente e o comportamento dessas crianças.
  • “Um Monstro e Meia” (Dir. Rama Rambo, Mariana Leal | Brasil | 2025 | 22’): Lola é uma garotinha de 8 anos que, após seu melhor amigo se mudar, enfrenta desafios emocionais lidando com frustrações, solidão e um travesso monstrinho chamado Tufo, que adora roubar suas meias.

Mirada Paranaense

A Mirada Paranaense promove um panorama da produção audiovisual do Paraná, com um olhar dedicado a filmes de todo o estado.

  • “Notas Sobre um Desterro” (Dir. Gustavo Castro | Brasil | 2025 | 80’): Filmagens do encontro com uma família palestina-brasileira na Cisjordânia de 2018 são revisitadas após 7/10/23. O que era para ser um filme sobre as possibilidades de coexistência em uma terra ocupada, se transforma em uma reflexão sobre colonização, apartheid, genocídio e a recente proliferação de imagens de guerra produzidas pelas próprias vítimas de um massacre que se repete no curso do tempo.
  • “A Mão Invisível” (Dir. Fernando Moreira | Brasil | 2024 |16’): Na rua de um prédio público, Guilherme abre um estacionamento e Claudio cuida dos carros na rua. Quando o mundo real se comporta de forma diferente das palestras americanas que ele assiste no youtube, Guilherme toma uma atitude drástica.
  • “Areia” (Dir. Ive Machado, Gustavo Ribeiro | Brasil | 2024 | 7’): Em uma jornada por um deserto distante, percorremos nossos desejos e medos mais íntimos a procura de uma resposta. Porém, a vida sempre nos reserva uma surpresa. Você se solta quando a chance aparece?
  • “Bem Me Quer, Mal Me Quer” (Dir. Victoria Spitzner, Gabrielle Santana | Brasil | 2025| 14’): Diretora e sua mãe revisitam o passado buscando curar feridas que atravessam gerações. Acompanhamos a história de uma menina do litoral envolta em perguntas sem resposta enquanto lida com a culpa e o fim de sua infância. De volta a Paranaguá, mãe e filha conversam sobre os amores que moldam uma mulher e, por meio da câmera, enfrentam as fragilidades de uma família marcada pelo abuso.
  • “Dança dos Vagalumes” (Dir. Maikon Nery | Brasil | 2025 | 25’): Joana retorna ao assentamento onde passou sua infância para trabalhar como professora. Sua volta obriga a confrontar partes esquecidas de sua memória, incluindo a perda de seu pai assassinado por fazendeiros em decorrência da luta pela terra na região. Dança dos vagalumes é um ensaio sobre paisagens afetivas, lampejos históricos, fragmentos da memória coletiva e da luta social no campo.
  • “Entre Sinais e Marés” (Dir. João Gabriel Ferreira, João Gabriel Kowalski | Brasil | 2025 |14’): Mari e Ana são duas surdas que se conhecem em uma festa e decidem fazer uma loucura: uma viagem com destino à Ilha do Mel. Ao chegarem, as duas buscam por um guia que fale a língua delas.
  • “Fabulosas – Operação Aranha” (Dir. Th Fernandes, Lua Lambertti | Brasil | 2025 | 15’): Em uma cidade gelada, a jornalista travesti Leôncia busca justiça pelo assassinato de uma amiga, descobrindo uma teia de segredos e uma enigmática figura com poderes sobrenaturais. Fabulosas: Operação Aranha explora a força de uma comunidade unida para sobreviver e fazer justiça em seus próprios termos, mesmo que para isso seja preciso enfrentar o sobrenatural — ou ser parte dele.
  • “Guairacá” (Dir. Luan Rodrigues | Brasil | 2025 | 18’): Guairacá é um documentário sobre a história do indígena Guairacá, personagem que ganhou destaque no cenário paranaense graças ao movimento artístico paranista. O filme se debruça sobre a forma como a figura e a história do indígena é lida por indígenas e pessoas do Movimento Sem Terra da região, trazendo importantes reflexões sobre a ocupação territorial do Paraná.
  • “Interior, Dia” (Dir. Luciano Carneiro, Paulo Abrão | Brasil | 2025 | 20’): Após o funeral de sua avó, Paulinho retorna à sua cidade natal no interior do Paraná. Um mal-entendido e uma fotografia perdida iniciam uma busca.

Mostra Exibições Especiais

Esse espaço é dedicado a obras inéditas no Brasil de grandes nomes do cinema mundial, assim como filmes brasileiros incontornáveis da última temporada que estrearam em outros eventos, mas chegam para Curitiba no Olhar de Cinema.

  • “Batguano Returnos – Roben na Estrada” (Dir. Tavinho Teixeira, Fred Benevides |Brasil | 2025 | 84 min): Há anos na estrada, Roben se desespera quando uma presença desincorporada invade seus dispositivos eletrônicos: é Batma, seu ex-companheiro. Enquanto discutem as possibilidades de uma relação mediada pela nuvem, Roben precisará se confrontar com sua origem desprezada por ser apenas um coadjuvante, e descobrir se resta algo para além do desejo de dominação de Batma.
  • “Canções de uma Terra Ardente” (Dir. Olha Zhurba | Ucrânia, França, Suécia, Dinamarca | 2024 |95 min): Um diário audiovisual da imersão da Ucrânia no abismo dos dois primeiros anos da invasão total da Rússia, composto por lugares, personagens ocasionais, diálogos raros, sons e silêncios dentro do quadro que, reunidos, capturam a cronologia da normalização da guerra. Tendo como pano de fundo essa paisagem (meta)física de desastre coletivo, uma nova geração de ucranianos aspira a imaginar o futuro.
  • “Hot Milk” (Dir. Rebecca Lenkiewicz | Reino Unido, Grécia | 2024 | 92 min): Com uma doença estranha, mãe e filha embarcam em uma jornada para a costa espanhola para encontrar uma cura, e ao longo do caminho a filha descobre outra realidade longe de sua mãe controladora.
  • “Nem Toda História de Amor Acaba em Morte” (Dir. Bruno Costa | Brasil | 2025 | 84’): Sol se apaixona por Lola, uma jovem atriz surda, e elas iniciam um romance. Tudo se complica quando Lola passa a conviver sob o mesmo teto que o ex-marido de Sol, Miguel. Nesse curioso triângulo, eles irão descobrir que a morte de um amor pode ser o nascimento de outro.
  • “Relâmpagos de Críticas, Murmúrios de Metafísicas” (Dir. Júlio Bressane, Rodrigo Lima | Brasil |2025 | 147’): Montagem de 48 filmes brasileiros realizados entre 1898 e 2022. Os momentos, os fotogramas, onde sentimos aparecer uma clareira, uma inovação, alguma experimentação e emotividade que chega até nós em tempos diversos. Um fio fino que percorre o cinema desde o seu nascimento, e até antes.
  • “Salomé” (Dir. André Antônio | Brasil | 2024 | 118’): Cecília, uma jovem modelo de sucesso, retorna ao Recife para passar o natal com a mãe. Certa noite, um vizinho que ela não vê há muito tempo, João, lhe mostra um misterioso frasco contendo uma substância verde tóxica. Cecília começa a se apaixonar por João, mas também descobre que ele está envolvido com uma estranha seita ao redor da figura de Salomé, a sanguinária princesa bíblica.
  • “Tardes de Solidão” (Dir Albert Serra | Espanha, França, Portugal | 2024 | 125’): Retrato de uma estrela ativa da tourada, Andrés Roca Rey, que nos permite refletir sobre a experiência íntima do toureiro que assume o risco de enfrentar o touro como um dever pessoal — por respeito à tradição e como um desafio estético.

Novos Olhares

A Mostra Novos Olhares é voltada a produções ousadas, que flertam com o risco, a invenção e caminhos desconhecidos em seu uso da linguagem cinematográfica, optando pela radicalidade e desprendimento das convenções do cinema.

  • “Aoquic iez in Mexico! O México Não Existirá Mais” (Dir. Annalisa D. Quagliata Blanco | México | 2024 | 80’): Uma visão frenética percorre uma Cidade do México convulsionada, uma colossal metrópole sustentada pelo mito do “mestizaje” e outras formas de violência colonial. Passado e presente tecem uma série de imagens; memórias fragmentadas dessa terra. Deidades antigas se encarnam, enquanto os sonhos se desenrolam através da intimidade, cumplicidade e tumulto.
  • “Em vez de Árvores” (Dir. Philipp Hartmann | Alemanha, Argentina | 2024 | 79’): Um filme que oscila entre a ficção e o documentário, questionando a natureza da natureza — e do cinema.
  • “Invenção” (Dir. Courtney Stephens | Estados Unidos | 2024 | 72’): Após a morte inesperada de um pai obcecado por teorias da conspiração, sua filha recebe a patente de um dispositivo experimental de cura. Com imagens de arquivo do verdadeiro falecido pai da atriz Callie Hernandez, Invenção explora o processo de luto por um pai complicado, e a própria realização do filme se torna parte desse processo.
  • “Na Passagem do Trópico” (Dir. Francisco Miguez | Brasil | 2025 | 86’): Um topógrafo mapeia áreas de risco de deslizamento na cidade de Ubatuba, em uma região de encosta na mata atlântica. Obcecado por medir e organizar, ele se depara com um território de ocupação humana caótica e repleta de conflitos. A história da cidade cruza seus passos, e através de seu teodolito, vê imagens do passado
  • “Os Lobos” (Dir. Isabelle Prim | França | 2024 | 96’): No meio do século XVIII, a Besta é caçada ao redor do Château de Saint-Alban. No meio do século XX, um novo tipo de psiquiatria é inventado lá. Teatro e loucura atravessam os séculos.
  • “Voz Zov Vzo” (Dir. Yhuri Cruz | Brasil | 2025 | 51’): Voz Zov Vzo é um musical sobre os silêncios que acontece inteiro em um estúdio, numa noite de quarta-feira no ano de 1975, enquanto Jade aquece a sua voz. A chegada inesperada de uma velha amiga, traz de volta para Jade sua irmã – na forma de uma carta. Uma série de silêncios entram em seguida e ecoam pelo espaço. Jade se encontra com eles e com eles conversa.

Olhares Clássicos

Este espaço reúne uma seleção diversa de filmes de todo o mundo que marcaram a história da sétima arte, integrando a mostra como uma homenagem a seus realizadores, assim como por seus posicionamentos inovadores em relação às produções contemporâneas da edição.

  • “A Grande Cidade” (Dir. Carlos Diegues | Brasil | 1966 | 80’): Luzia vem do sertão do Nordeste do Brasil para o Rio de Janeiro, em busca de seu noivo. Mas logo ela descobrirá que ele se tornou um criminoso perigoso e está sendo procurado pela polícia.
  • “A Greve” (Dir. Sergei Eisenstein | URSS | 1925 | 82’): Stachka (1925), primeiro longa-metragem de Sergei Eisenstein, retrata a organização e a repressão de uma greve operária em uma fábrica russa no início do século XX. Através de uma estrutura narrativa inovadora e da montagem dialética, o filme apresenta a luta coletiva dos trabalhadores contra a exploração capitalista, destacando a brutalidade das autoridades e o poder da ação unificada.
  • “Carta Camponesa” (Dir. Safi Faye | Senegal | 1975 | 98’): No vilarejo senegalês de Fad’jal, Kaddu Beykat retrata o cotidiano de camponeses enfrentando dificuldades econômicas e sociais, enquanto denunciam as consequências do colonialismo e das políticas agrícolas injustas.
  • “Desapropriado” (Dir. Frederico Fullgraf | Brasil | 1983 | 59’): 1983. Após 1 ano e meio de filmagens, Frederico Füllgraf lança este longa-metragem documental atento às famílias desapropriadas de suas terras, condenadas à submersão pelo futuro lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Registros importantes de movimentos sociais e lideranças envolvidas na luta pela vida e por terras produtivas para aqueles que tiveram seus destinos duramente alterados pela Usina se seguem em um trajeto fundamental para a memória de um dos grandes desastres da história paranaense.
  • “Eraserhead” (Dir. David Lynch | Estados Unidos | 1977 | 89’): O filme segue Henry Spencer, um homem que vive em um ambiente industrial e desolado, enquanto enfrenta a paternidade de um bebê deformado e a pressão de sua própria sanidade. O filme mistura elementos de horror psicológico, com cenas oníricas e imagens abstratas, criando uma atmosfera única de angústia e desconforto.
  • “Eu, A Pior de Todas” (Dir. Maria Luisa Bemberg | Argentina | 1990 | 105 min): Yo, la peor de todas retrata a vida da escritora e freira mexicana Sor Juana Inés de la Cruz, abordando sua luta por liberdade intelectual e sexual no século XVII. O filme explora sua relação com a Igreja, o amor proibido e seu legado literário, destacando o conflito entre a fé, o desejo e a razão.
  • “Meu Nome é Oona” (Dir. Gunvor Nelson | Estados Unidos | 1969 | 10’): Curta-metragem experimental que mergulha na experiência da infância por meio de imagens sensoriais e sonoras. A cineasta Gunvor Nelson utiliza filmagens de sua filha Oona, combinadas com gravações de sua voz dizendo seu nome e os dias da semana, criando uma estrutura rítmica e repetitiva que acompanha a dinâmica visual do filme.
  • “Plantar nas Estrelas” (Dir. Geraldo Sarno | Brasil | 1978 | 17’): Moçambique, ex-colônia portuguesa na África, independente desde 1975, é um país que busca seu próprio caminho lutando pela erradicação do analfabetismo e a reconquista de seus valores culturais. A prática da discussão comunitária e a educação pelo cinema são amplamente utilizadas nas aldeias, no funcionamento da escola, no trabalho comunitário e nas manifestações culturais deste povo.
  • “Quarup Sete Quedas” (Dir. Frederico Fullgraf | Brasil | 1983 | 14’): Quarup é um ritual de homenagem aos mortos. As Sete Quedas eram as maiores cachoeiras, em volume de água, do mundo. Em 1982, foi concluído o violento processo de alagamento das cachoeiras e das terras de comunidades tradicionais da região para a inauguração do lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Neste curta, o cineasta Frederico Füllgraf registra os últimos dias desta maravilha natural paranaense, acompanhado pelos versos de Carlos Drummond de Andrade (escritos em alusão a destruição das cachoeiras) e do ritual quarup Avá-Guarani.
  • “Yeelen – A Luz” (“The Light” | Dir. Souleymane Cissé | Mali | 1987 | 105’): Um jovem, dotado de poderes mágicos, busca a ajuda de seu tio para confrontar seu pai, um feiticeiro poderoso que busca a morte do próprio filho. A história é uma exploração de conflitos entre o novo e o tradicional, a vida e a morte, e a luz e a escuridão, inspirada na mitologia africana, como a do Mande.

Mostra Foco

Neste ano, a Mostra Foco leva o tema “Arquivos Desobedientes: O Cinema e as Rasuras da História”, promovendo um recorte de filmes e diálogos entre comunidades do Sul Global, com obras de diferentes contextos e épocas, que convocam e elaboram arquivos a partir de posturas contestatórias.

  • “A Fidai Film” (Dir. Kamal Aljafari | Alemanha, Catar, Brasil, França | 2024 | 78 min): Durante a invasão de Beirute em 1982, o exército israelense confiscou o acervo visual do Centro de Pesquisa Palestina. Em “A Fidai Film”, Kamal Aljafari recupera essas imagens, criando uma narrativa que resiste ao apagamento da memória palestina.
  • “A Zerda e os Cantos do Esquecimento” (Dir. Assia Djebar |Algeria | 1983 | 60’): Usando imagens de arquivo colonial, o filme revela a vida cotidiana dos povos do Magrebe sob o domínio francês, resgatando, com sensibilidade e poesia, as vozes silenciadas da história.
  • “Dahomey” (Dir. Mati Diop | Senegal, França, Benim | 2024 | 68’): O filme acompanha o retorno de 26 tesouros reais do antigo Reino do Daomé, saqueados por tropas coloniais francesas em 1892, ao atual Benin. Misturando realidade e ficção, a obra dá voz a uma das estátuas repatriadas e promove reflexões sobre identidade, memória e os impactos do colonialismo.
  • “Ngupelngamarrunu, Tempo da Noite Vamos” (Dir. Elizabeth Povinelli | Austrália| 2017 | 31’): Documentário experimental que revisita um episódio histórico da Austrália durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1943, um grupo de ancestrais Karrabing escapou de um campo de internamento em Delissaville, onde haviam sido confinados pelo governo australiano devido ao medo de que se tornassem espiões japoneses.
  • “Notas Sobre a Tortura e Outras Formas de Diálogo” (Dir. Patricio Guzmán | Espanha | 1968 | 15’): Curta-metragem experimental que denuncia a repressão política na América Latina. Através de uma dramatização de tortura a um prisioneiro, o filme critica a brutalidade dos regimes militares e a passividade de certos intelectuais de esquerda. Utilizando uma estética que parodia a publicidade institucional, Guzmán combina elementos de humor negro e sátira para questionar a moralidade e a eficácia da resistência intelectual frente à opressão.
  • “O Grito” (Dir. Leobardo López Arretche | México | 1968 | 120’): Documentário que registra o movimento estudantil mexicano de 1968, capturando manifestações, repressões e a tragédia de Tlatelolco, oferecendo um testemunho visual único desse período turbulento.
  • “Recorrências Perpétuas” (Dir. Reem Shilleh | Palestina | 2016 | 60’): Documentário experimental que examina quatro décadas de cinema palestino e filmes sobre a Palestina. Em vez de apresentar filmes inteiros, Shilleh monta uma seleção de cenas recorrentes, identificando padrões visuais e narrativos que se repetem ao longo do tempo. Essas cenas incluem imagens de salas de aula, militantes discursando em campos abertos, jovens discutindo política revolucionária e tomadas de ruas e campos de refugiados. Ao reunir essas sequências, o filme questiona como a memória histórica e as narrativas políticas são construídas e perpetuadas no cinema palestino.
  • “Sobrenome Viet, Nome

*Com informações da assessoria de imprensa

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