Mulheres paranaenses vítimas de violência doméstica e familiar têm, a partir desta segunda-feira (31), acesso a atendimento online e gratuito da Defensoria Pública do Estado. O serviço é oferecido no âmbito do projeto Ampara — Atendimento à Mulher Paranaense, uma parceria entre a Defensoria e o Governo do Estado, lançado na manhã desta segunda-feira (31), em evento no Palácio Iguaçu.
A proposta é facilitar e agilizar medidas que possam proteger mulheres em situação de violência e contribuir para que elas possam sair do ciclo da violência, como a obtenção de medidas protetivas e o atendimento psicológico. Por isso, o serviço foi pensado para ser totalmente on-line, gratuito e desburocratizado.
“O Ampara é uma porta de entrada remota, então a mulher não precisa sair de casa. Basta que acesse nossa plataforma digital, totalmente gratuita. Também não precisa registrar boletim de ocorrência”, explicou o defensor público-geral do Estado, Matheus Munhoz. Ele destacou ainda que o projeto é o primeiro que a Defensoria coloca em prática no sentido de ampliar sua atuação utilizando ferramentas tecnológicas e inovação, sem precisar ampliar sua presença física nos municípios.
O atendimento será feito por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogas, assistentes sociais, analistas jurídicas — todas mulheres. Outros serviços incluem a denúncia de violência obstétrica e violência contra mulheres indígenas.
O projeto também funcionará como porta de entrada para o programa Recomeço, que vai oferecer auxílio financeiro a mulheres vítimas de violência — e que também foi sancionado durante o evento nesta segunda-feira. Quem for atendida pelo Ampara e cumprir com os critérios para receber o auxílio será encaminhada para o programa Recomeço.
Os atendimentos do Ampara podem ser acessados por mulheres independentemente da renda familiar, pois a vulnerabilidade das pessoas em situação de violência doméstica e familiar é presumida. A Defensoria Público do Estado alerta, porém, que o projeto não funciona como nem substitui um serviço de emergência — nesses casos, a orientação é procurar o 190 e o 180.