Está prevista para começar em junho a cobrança de pedágio nas rodovias do Lote 3 do novo pacote de concessões rodoviárias do Paraná, sob responsabilidade do Grupo CCR. Integram o lote 569 quilômetros da BR-369, BR-373 e BR-376, além da PR-170, PR-323, PR-445 e PR-090 – trechos nos quais já há cinco praças de pedágio e em que outras duas devem ser implantadas.
A informação foi adiantada pelo gerente de contratos da CCR, Breno Ferreira Leal, em audiência pública realizada no início da semana na Assembleia Legislativa do Paraná para avaliar o primeiro ano das novas concessões no Estado. Ele disse ainda que a previsão é de que o contrato de concessão seja assinado no início de abril e que a nova concessionária do grupo, a qual será responsável pelo trecho, se chamará PRVias.
Questionada, a CRR confirmou a assinatura do contrato, mas não deu mais informações sobre o início da cobrança. Em nota, afirmou: “A previsão é de que a assinatura de contrato aconteça no início de abril, com o início da operação da rodovia pela nova concessionária do Grupo CCR em até 30 dias após a assinatura do contrato, ou seja, início de maio”.
O início da operação da rodovia, no entanto, não implica na cobrança imediata da tarifa. Em 2024, por exemplo, a Via Araucária e a EPR Litoral Pioneiro assumiram a operação das rodovias dos Lotes 1 e 2 em 28 de fevereiro e passaram a cobrar pedágio em parte das praças em 23 de março.
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De acordo com o site do Programa de Parcerias de Investimentos do Governo Federal, que coordena as concessões de rodovias, as tarifas só podem ser cobradas “após a reforma das praças existentes, a eliminação de buracos, a revitalização da sinalização horizontal e vertical em pontos críticos e a instalação de placas indicativas do atendimento telefônico, além da remoção da vegetação ao longo das rodovias”.
Mesmo antes da assinatura do contrato, parte dessas ações já está em andamento, conforme Leal. Na audiência pública, ele revelou que a CCR obteve autorização do Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER-PR) para começar intervenções em praças de pedágio e no pavimento, além de roçadas. Os trabalhos iniciais também preveem a revitalização e a instalação de sinalização horizontal e vertical.
Finalizadas as intervenções, a concessionária encaminha um relatório para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), como explicou Leal. “Temos um relatório que temos que entregar em até um mês para a ANTT e eles têm que validar esse relatório para autorizar o início da cobrança”, disse.
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Melhorias previstas
Com a concessão do Lote 3 das rodovias no Paraná, a expectativa é melhorar a infraestrutura viária da porção norte do Paraná com investimentos de R$ 9,87 bilhões em obras e R$ 6,04 bilhões em conservação e operação. Há previsão de duplicações, construção de contornos rodoviários, novas ciclovias, passarelas e viadutos em importantes rodovias como BR-376, BR-369, PR-445 e PR-323.
Serão sete praças de pedágio (cinco existentes e duas novas), localizadas em Sertaneja, Mauá da Serra, Ortigueira, Imbaú, Tibagi, Londrina e na Colônia Witmarsum.
Segundo a ANTT, os projetos incluem a instalação de câmeras com tecnologia OCR para reconhecimento de placas, detecção automática de incidentes, painéis de mensagem variável, sistema de pesagem automático e monitoramento meteorológico. A conectividade será garantida em toda a concessão.
Esses contratos também permitirão a migração do sistema de cobrança convencional (praça de pedágio) para o sistema eletrônico de livre passagem (Free Flow), a pedido do Governo do Paraná.