Seis empresas e consórcios empresariais apresentaram propostas dentro da licitação do Governo do Estado para a construção de um novo corredor metropolitano entre Curitiba e Araucária. A documentação enviada pelas concorrentes está sendo analisada pela Agência de Assuntos Metropolitanos (Amep), que definirá o vencedor pelo critério de maior desconto ofertado a partir do orçamento máximo previsto para a obra, que é de R$ 355,5 milhões.
A análise técnica da Amep para habilitação da empresa que apresentou a melhor proposta deverá ser concluída nos próximos dias, quando será aberto o prazo para o envio de eventuais recursos pelas demais instituições participantes. Com isso, o órgão estima que a homologação da vencedora e a efetiva contratação ocorram ao longo das próximas semanas.
Segundo o presidente da Amep, Gilson Santos, após a assinatura do contrato com o Governo do Estado, a empresa selecionada terá o prazo de um ano para obtenção das licenças ambientais para dar início efetivo à construção da nova rodovia. “Todo o processo para emissão das licenças e conclusão das obras está previsto em 36 meses, mas dependendo da capacidade da empresa, estimamos que esse período total possa ser reduzido”, afirmou.
Estudos feitos pela Amep estimam que a obra reduzirá em cerca de 30% o fluxo de veículos que atualmente transitam entre a região Sul e o Interior por meio do Contorno Sul de Curitiba, que também receberá uma série de melhorias por estar incluído no Lote 1 do novo pacote de concessões rodoviárias do Estado, entre elas duas pistas novas em cada sentido, deixando-o com oito pistas no total.
Características da obra
O novo corredor rodoviário terá 9,37 quilômetros de extensão, ligando um trecho da BR-116, na região Sul de Curitiba, próxima à Fazenda Rio Grande, com a BR-476, em Araucária, que também dá acesso ao Interior do Estado por meio da BR-277.
As pistas serão duplicadas em ambos os sentidos e a pavimentação será feita em concreto utilizando a técnica whitetopping. O modelo já é usado em outras rodovias estaduais, como a PRC-280 e a Rodovia dos Minérios, e oferece mais durabilidade, resistência a cargas pesadas e custos reduzidos de manutenção.
A rodovia também contará com ciclovia ao longo de toda a sua extensão e sete obras complementares. Entre elas, estão dois viadutos no cruzamento com os dutos da Traspretro, na Repar I e II, um no cruzamento com a BR-116, um sobre a Estrada Delegado Bruno de Almeida e um sobre a Rua Lídia Camargo Zampieri. Também estão previstas a construção de uma nova ponte sobre o Rio Barigui e de uma trincheira sob a Rua Ismael de Almeida.
O projeto executivo do novo eixo metropolitano foi concluído em agosto de 2024 por uma empresa especializada contratada pela Amep ao custo de cerca de R$ 1,3 milhão. Ele já prevê todos os detalhes técnicos necessários para a execução da obra, que será a maior intervenção viária das últimas três décadas na região, visando garantir a sua eficiência e qualidade.
Detalhes sobre o projeto executivo, incluindo um vídeo ilustrativo de como ficará a nova rodovia e as conexões dela com a BR-116 e a BR-476 estão disponíveis no site da Amep.