O Paraná recebeu nesta quinta-feira (30), por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 359.900 testes rápidos para diagnóstico da dengue para ampliar a assistência na rede de atenção à saúde (unidades básicas e de urgência e emergência). A remessa faz parte de uma ação do Ministério da Saúde para apoiar o diagnóstico e auxiliar na identificação precoce dos casos.
De acordo com a Nota Técnica do Governo Federal, elaborada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, a recomendação de uso do teste rápido Dengue NS1 visa fornecer um apoio ao diagnóstico precoce da doença, especialmente no contexto assistencial.
Esse quantitativo será distribuído para as 22 Regionais de Saúde do Estado já nos próximos dias. O critério utilizado para a distribuição levou em conta o número de notificações de 2024 de cada regional.
O Teste Rápido (TR) de dengue NS1 em cassete (sangue total/soro/plasma) é para detecção qualitativa de antígeno (substância estranha ao organismo que estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos) NS1 do vírus da dengue para auxiliar no diagnóstico de infecções da doença. Ele deve ser realizado até o quinto dia do início dos sintomas por meio de uma pequena amostra de sangue do paciente.
Distribuição de testes rápidos é inédita
Há 10 dias, o Ministério da Saúde anunciou a distribuição de 6,5 milhões de testes rápidos aos Estados. É a primeira vez que a pasta adota essa ação e reforçou que a medida será complementar às estratégias já existentes para controle do vetor, além da vacinação, e destacou a necessidade de os municípios seguirem os protocolos de coleta e envio de amostras para análise laboratorial.
Do total, estão sendo distribuídos 4,5 milhões de testes nesta primeira remessa e os outros dois milhões serão utilizados como estoque estratégico para atender as localidades que possam apresentar acréscimo no número de casos.
“Embora esse exame seja crucial para reconhecer infecções agudas por meio da identificação do antígeno NS1, é essencial que sua aplicação seja complementada por uma avaliação clínica abrangente, levando em conta as particularidades de cada situação e a necessidade de testes de confirmação extra, quando se fizer necessário”, explica a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes.
No Estado, a dengue é diagnosticada de diferentes maneiras: critério clínico epidemiológico, exame laboratorial de sorologia ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) e exame de Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (RT-qPCR). O primeiro é feito pelos médicos no momento da consulta e os demais são coordenados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen-PR).
Importância de buscar tratamento o mais rápido possível
Além de vacinar as crianças para protegê-las, conhecer os sintomas da dengue e procurar atendimento o mais rápido possível pode salvar vidas. A orientação é procurar um serviço médico assim que for identificado alguns dos quadros a seguir:
- Febre alta (acima de 38°C);
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos, mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
Eliminar os focos do mosquito é a forma mais eficiente de combater a dengue
Além da vacinação, que ainda é limitada aos públicos de 10 a 14 anos, a forma mais eficiente de combater a dengue é evitar os criadouros do mosquito que transmite a doença. Confira ações que você pode tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos de contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e de bebedouros. Lave-os com água e sabão;
- Limpe calhas e a laje de casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não os descarte em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Com informações da Agência Estadual de Notícias