Uma bateria com mais autonomia para veículos elétricos, possibilitando quase o dobro da obtida atualmente com a de lítio convencional. Essa é uma das promessas da bateria de silício-enxofre que está sendo desenvolvida por uma startup paranaense. A IonycLeaf trabalha em um protótipo que pode ser utilizado como uma alternativa mais sustentável e eficiente às de lítio convencionais. O objetivo é produzir uma versão funcional que possa ser comercializada para uso em uma variedade de aplicações, incluindo dispositivos eletrônicos, veículos elétricos e armazenamento de energia renovável.
Com o apoio do Programa Centelha, realizado no Paraná pela Fundação Araucária, a startup Ionycleaf Technology Inova Simples, com sede em Curitiba, desenvolveu um protótipo de bateria de silício-enxofre para testar sua funcionalidade. “O Centelha foi muito importante para nós porque permitiu que saíssemos da estaca zero para o desenvolvimento de um produto que realmente possa chegar ao cliente final”, ressaltou o proprietário da startup, Rodrigo de Lima Fagundes.
“No caso de celulares as baterias duram em média 12 a 14 horas, e com essa bateria uma carga pode durar de 18 a 20 horas. Aplicado em carros elétricos, que é nosso principal objetivo, a recarga pode passar de 400 km para 700 km”, explicou.
A expectativa do empreendedor é que o produto chegue ao mercado até 2027. “Por se tratar de um produto de grande complexidade, ainda deve levar alguns anos para ser comercializado. Precisamos finalizar o desenvolvimento dos materiais e, a partir disso, maturar o desenvolvimento industrial como um todo, ou seja, levar a produção de laboratório para produção em grande escala. Acreditamos que o produto deva chegar ao mercado entre 2026 e 2027”, disse.
Transformar ideias em negócios de sucesso é um dos objetivos do Programa Centelha, que oferece capacitações, recursos financeiros e suporte para a estruturação de startups. Cerca de 70 empresas foram apoiadas nas duas edições do programa que contou com o investimento da Fundação Araucária e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do governo federal, de R$ 4,6 milhões.
“Nosso objetivo com o Centelha é estimular a criação de empreendimentos inovadores a partir da geração de novas ideias, disseminando assim a cultura do empreendedorismo inovador dentro do estado”, enfatizou o chefe do setor de Inovação da Fundação Araucária, Luiz Guilherme Brandt.
Projeto Centelha está na terceira edição
A terceira edição do Programa Centelha será lançada nos próximos meses e deve apoiar cerca de 50 empresas. O edital será publicado em breve no site da Fundação Araucária.
Com informações da Agência Estadual de Notícias