Morreu em Curitiba nesta segunda-feira (9) aos 99 anos o escritor Dalton Trevisan. Segundo informações do Serviço Funerário Municipal, ele faleceu em casa, não haverá velório e seu corpo será cremado. As causas de sua morte não foram reveladas.
Trevisan foi um dos maiores contistas do Brasil, tendo ganho o Prêmio Jabuti por quatro vezes – 1960, 1965, 1995 e 2011. Entre outros reconhecimentos, recebeu também o Troféu APCA e o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. Em 1996, recebeu o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura pelo conjunto de sua obra. E em 2012 foi homenageado com o Prêmio Camões, maior honraria concedida a escritores da língua portuguesa.
Entre suas obras mais importantes, destacam-se “O Vampiro de Curitiba” – que lhe rendeu o apelido – “A Polaquinha”, “Novelas Nada Exemplares”, “Cemitério de Elefantes”, entre outras que viraram clássicos da literatura brasileira. Também foi o fundador e editor da Revista Joaquim, publicação que foi porta-voz de uma geração de escritores, críticos e poetas.
Seu estilo minimalista e forma de contar sobre fatos do cotidiano foram marcantes, assim como a escrita que valorizava das angústias da natureza humana.
Um notório recluso, Trevisan era avesso a entrevistas e limitava seus contatos a amigos e estabelecimentos mais próximos de sua casa, no Alto da XV.
Dalton foi casado com Yole Bonato, que morreu em 1998, e teve duas filhas. Além de escritor, era advogado, formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).