Morreu nesta terça-feira (29), em Belo Horizonte (MG), o professor Paulo Vinícius Baptista da Silva da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O docente, que foi superintendente de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade (Sipad), foi vítima de um ataque cardíaco. Baptista foi um dos precursores da luta pela adoção de políticas afirmativas na instituição, bem como da promoção da inclusão e da diversidade na universidade.
O velório será realizado nesta quinta-feira (31), no campus Rebouças da UFPR, das 12h às 15h30. sepultamento está marcado para às 16h30 no Cemitério Jardim da Saudade de Pinhais.
Formado em Psicologia pela própria UFPR em 1991, Baptista foi professor do Setor de Educação e sempre se dedicou a questões relacionadas à inclusão na educação. O docente atuou no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e no Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab). Também era bolsista de produtividade 2 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e presidiu a Comissão Específica de Validação (CEV-PP), responsável pela organização e implementação das bancas de validação das autodeclarações de cotistas no vestibular e nos concursos públicos da UFPR.
Baptista defendeu as políticas afirmativas adotadas pela UFPR nas últimas décadas, defendendo a importância da instituição na busca por equidade. A UFPR foi uma das pioneiras no País a implementar a política de cotas no vestibular, a partir de 2004.
O reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, destacou a atuação do professor em nota divulgada pela própria universidade.
“Com profundo pesar, nos despedimos de Paulo Vinícius, mais que um companheiro e colega de gestão, foi um grande amigo e defensor incansável da inclusão e da justiça social. Deixa um legado marcante na UFPR, pois já em 2005, Paulo foi fundamental para a implantação pioneira das cotas raciais em nossa universidade. Em 2017, foi um dos idealizadores da criação da Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade (Sipad), tornando-se seu primeiro superintendente. Sua trajetória foi dedicada a construir uma universidade mais justa e acolhedora para todos, e seu exemplo seguirá inspirando nossa comunidade”, afirmou.
Baptista deixa esposa, Gizele de Souza, que também é professora da UFPR, e três filhos – Vinicius, Murilo e Nina.